Ministro Paulo Bernardo recebe o troféu \"Guerreiro do Paraná\"

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Durante almoço no Graciosa Country Club, em Curitiba, o ministro do Planejamento, Orçamento e Gestão, Paulo Bernardo, foi homenageado nesta segunda-feira (25), pelo Movimento Pró-Paraná, integrado pela Assembléia Legislativa do Paraná, Fiep, Associação Comercial do Paraná, Fecomércio, Fetranspar, Faciap, IBQP, Faep e Ocepar. Paulo Bernardo recebeu das mãos do presidente do Pró-Paraná, Francisco da Cunha Pereira, do vice-governador, Orlando Pessuti e do presidente da Assembléia Legislativa, deputado Hermas Brandão o troféu “Guerreiro do Paraná”. Falando em nome de todas as entidades que integram o Movimento Pró-Paraná, o presidente da Fecomércio, Darci Pianna fez uma análise do momento conjuntural e das principais necessidade que o Paraná enfrenta, principalmente no aspecto da infra-estrutura. (Veja abaixo a íntegra do discurso de Darci Piana) Para o presidente do Sistema Ocepar, João Paulo Koslovski, a homenagem ao ministro Paulo Bernardo era mais do que merecida. “Em todas as funções públicas que ocupou, principalmente, como deputado federal, Paulo Bernardo sempre procurou defender os interesses do Paraná e como ministro não será diferente. O sistema cooperativista tem nele um forte aliado na busca de soluções para os principais problemas que o estado enfrenta em termos de investimentos, especialmente na questão de infra-estrutura de rodovias, ferrovia, aeroportos e no Porto de Paranaguá”, destacou.

União - O ministro disse que a homenagem é uma prova de que as lideranças do estado podem sim, independentemente de suas posições políticas ou ideológicas, se unir em prol das causa paranaense. “O Paraná tem fama de um estado que não consegue agregar lideranças. O nosso desafio é fazer uma discussão conjunta sobre os projetos que poderemos priorizar. Não posso prometer resolver tudo, mas vocês terão em mim um parceiro. Podem todos estar certos de que minha presença no ministério de Lula é uma porta aberta ao Paraná”. Em seu discurso de agradecimento Bernardo admitiu que são justas todas as cobranças feitas por empresários e sociedade civil com relação a alta carga tributária, às elevações das taxas de juros e aos diversos problemas de infra-estrutura. Ele lembrou que o governo Lula interrompeu o crescimento da carga tributária e que está trabalhando para reduzi-la ainda mais. “O governo não foi eleito para fazer superávit primário e precisamos deixar de atrapalhar o crescimento deste país e para deixar o setor produtivo crescer é necessário estar com as contas em dia”, declarou.

Recursos
- Paulo Bernardo também aproveitou para anunciar a liberação de R$ 200 milhões do FAT – Fundo de Amparo ao Trabalhador para micro-crédito a pequenos empreendedores do meio urbano. Estes recursos, informou o ministro, poderão ser repassados por instituições financeiras, entre elas cooperativas de crédito. Atualmente o microcrédito é alimentado só com recursos dos bancos, que devem direcionar 2% dos depósitos à vista para empréstimos à população de baixa renda. O modelo não gerou os resultados esperados, tanto por desinteresse dos bancos que contam com uma margem mínima de lucro. “Agora vamos apostar nos pequenos empreendedores, nos microempresários. E esse financiamento poderá ser feito de forma independente aos bancos. Por meio de associações e cooperativas”, disse o ministro. Quanto às obras de infra-estrutura reivindicadas pelos empresários, Bernardo lembrou que as Parcerias Público-Privadas (PPPs) estão prestes a viabilizar a construção de um ramal ferroviário entre Ipiranga e Guarapuava. Outros R$ 123 milhões devem ser destinados à conservação de sete trechos rodoviários no Paraná.

Cooperativas – O presidente do Sistema Ocepar, João Paulo Koslovski aproveitou a oportunidade, para manifestar ao ministro Paulo Bernardo, sua preocupação em relação ao momento vivido pelo setor do agronegócio no estado, que enfrenta problemas devido a uma conjugação de variáveis desfavoráveis, entre elas a elevação dos custos dos insumos, máquinas, equipamentos e combustíveis ocasionados por motivos externos e pela valorização do Real frente ao Dólar no período de aquisição dos fatores de produção pelos agricultores, cujo impacto nos custos foi da ordem de 20%. Outro fator que tem pesado é a baixa dos preços internacionais das principais commodities, por exemplo, a soja que teve seu preço reduzido em cerca de 40%. A quebra da safra em decorrência da forte seca na região Sul e parte da região centro-oeste do País, também preocupa as cooperativas paranaenses. “Diante deste quadro a situação vivenciada pelos agricultores e cooperativas é preocupante, em vista da receita da produção não ser suficiente para o cumprimento dos prazos de pagamento dos financiamentos contratados”, frisou Koslovski.

Medidas – O líder cooperativista informou ao ministro que algumas medidas já foram tomadas pelo governo federal, entretanto, outras necessitam ser implementadas, em especial, para atender as cooperativas, que foram responsáveis pelo financiamento de grande parte do plantio, mediante o repasse de insumos para seus associados. As medidas tomadas pelo Governo, até o momento, não contemplam as cooperativas. A partir do início de maio, começam a vencer os financiamentos de repasse de crédito rural e da aquisição de insumos junto aos fornecedores realizados pelas cooperativas para plantio da safra. Tais financiamentos foram efetuados pelas cooperativas junto ao sistema financeiro utilizando limites próprios e em outras situações utilizando os limites dos próprios fornecedores (fabricantes de insumos), os quais, participaram do financiamento fornecendo fiança bancária. Além disso, em vista da falta de recursos do crédito rural, as cooperativas adquiriram insumos diretamente dos fornecedores com prazo de pagamento programado para a época da colheita. Como a safra quebrou, muitas cooperativas não terão condições de cumprir os prazos de pagamento originalmente pactuados, por incapacidade de pagamento dos seus associados em decorrência da baixa produção e pela falta de cobertura dos riscos pelo Proagro, uma vez que o Seguro Rural ainda não foi implantado.

Pleitos e convite – Koslovski repassou ao ministro Paulo Bernardo um documento com alguns pleitos das cooperativas e que atenderiam essa situação emergencial, são eles: 1 - Concessão de um empréstimo especial para capital de giro para cooperativas que adquiriram insumos junto aos fornecedores com pagamento previsto para a safra; 2 – Prorrogação dos financiamentos de crédito rural obtidos pelas cooperativas para aquisição de insumos, para fornecimento aos associados, concedendo-lhe prazo de um ano, mantendo-se as mesmas condições pactuadas nos contratos originais; 3 - Desconsiderar os débitos prorrogados para efeito do cômputo dos limites de crédito para as cooperativas e produtores junto aos agentes financeiros. Paulo Bernardo disse que levaria estas reivindicações ao conhecimento do governo federal e que iria se empenhar para que sejam atendidos. Koslovski também aproveitou para convidar o ministro para participar do próximo Fórum de Presidentes de Cooperativas Paranaenses, em maio próximo, convite que foi aceito de imediato, bastando apenas agendar a data.

Menção honrosa – Além de receber o troféu “Guerreiro do Paraná”, Paulo Bernardo também foi homenageado nesta segunda-feira (25) pela Assembléia Legislativa do Paraná, durante sessão solene quando, por indicação do deputado estadual André Vargas recebeu uma “Menção Honrosa”.

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