MINISTRO NÃO ESPERA GRANDE AVANÇO EM RODADA DA OMC

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O ministro da Agricultura Pecuária e Abastecimento, Marcus Vinícius Pratini de Moraes, disse ontem (05) não acreditar que a crise cambial provocada pela guerra no Afeganistão vá prejudicar as negociações multilaterais da área agrícola da reunião da OMC - Organização Mundial do Comércio. Pratini embarcou à noite para Doha, no Catar, a fim de participar da reunião, que começa na próxima sexta-feira. O ministro salientou, contudo, que o governo brasileiro não espera "milagres" em Doha. "Se houver entendimento, a reunião da OMC marcará apenas o início das negociações sobre a redução dos subsídios e dos programas internos de apoio às exportações praticados pelos países ricos. Todo esse processo demandará alguns anos para ser implementado", ressalta. Para ele, se ministros presentes à reunião em Doha concordarem em conceder à OMC um mandato negociador que permita aos seus embaixadores continuarem essas negociações daí para a frente, já terá sido um grande avanço. Pratini de Moraes informou ainda que os integrantes do Mercosul e dos 18 países que integram o chamado Grupo de Cairns (os maiores exportadores agrícolas mundiais) não abrirão mão na reunião da OMC da sua posição em defesa de uma maior abertura comercial na área agrícola. "Se não houver discussão sobre redução de subsídios e acesso a mercados, não há o que negociar", garante.

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