Ministério tenta equilibrar oferta e procura no campo

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Organizar e dinamizar a atividade das cadeias produtivas do campo é a tarefa do Conselho do Agronegócio (Consagro), órgão consultivo criado na semana passada e que terá, com outra roupagem, praticamente a mesma função do antigo Conselho Nacional de Política Agrícola. O ministro da Agricultura, Roberto Rodrigues, aposta nesse fórum para traçar políticas, de modo a evitar o que ocorreu recentemente com o milho. Devido à queda de cotação - foi vendido a R$ 8 a saca há dois anos -, os produtores optaram pelo plantio de soja, por exemplo, cujo preço era compensador. O resultado foi a necessidade de importação de milho para garantir o suprimento da avicultura e da suinocultura. Rodrigues entende que o Consagro servirá para que o governo e o setor privado avaliem e negociem a implementação de mecanismos, diretrizes e estratégias competitivas para o agronegócio brasileiro. "O conselho junta, de forma paritária, os organismos governamentais ligados ao agronegócio e as entidades de classe, que representam desde trabalhadores rurais até os consumidores. A idéia é de que as políticas sejam formuladas por esse conselho nacional." No ano passado, as exportações da agropecuária totalizaram US$ 24,8 bilhões, deixando um saldo positivo de US$ 20,3 bilhões (importações de US$ 4,5 bilhões). Para este ano, o governo trabalho com previsão de obter superávit de US$ 22,5 bilhões. (Fonte: Gazeta Mercantil)

Câmaras setoriais - A organização dessas cadeias produtivas, diz Rodrigues, permitirá a criação de empregos no campo e a produção de excedentes para venda ao mercado externo, agregando valor aos produtos da pauta de exportação. O Consagro contará com câmaras setoriais, que vão avaliar os problemas das cadeias produtivas e apontar alternativas. "Vamos organizar essas câmaras de tal forma que os diferentes elos tenham pesos específicos na proporção de sua participação do PIB daquele segmento. A idéia é buscarmos a sustentabilidade de cada cadeia. Isso representa o equilíbrio de rentabilidade de todos os elos para que o consumidor seja o beneficiário final, tanto internamente como do ponto de vista de competitividade internacional", afirmou. O governo não pretende criar muitas câmaras setoriais. A primeira a ser criada será a do milho, para balizar novas formas de articulação entre os agricultores, avicultores, suinocultores e indústria de rações. Um entendimento entre produtores e consumidores é fundamental para equilibrar a oferta e a procura. (Fonte: Gazeta Mercantil)

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