Ministério recua e retoma o debate

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Dois técnicos do Ministério do Meio Ambiente visitaram ontem e quarta-feira propriedades rurais da Região dos Campos Gerais que estão dentro da área delimitada para a criação de três unidades de conservação na região (Parque Estadual dos Campos Gerais, Reserva das Araucárias e Refúgio da Vida Silvestre do Rio Tibagi). Eles avaliam as distorções entre o projeto que cria os parques e a reivindicação dos proprietários rurais atingidos. De acordo com o coordenador da Câmara de Agricultura e Pecuária do Conselho Econômico de Desenvolvimento Econômico e Social de Ponta Grossa (CDesponta), Douglas Taques Fonseca, o projeto está fora da realidade. “Enquanto eles afirmam que apenas 44 famílias estão nas áreas, a verdade é que mais de 200 famílias seriam atingidas com a desapropriação”, afirma.

Prazo - Áreas rurais de Teixeira Soares, Palmeira e do distrito de Itaiacoca, em Ponta Grossa, foram visitadas. “A idéia é chegar a um acordo comum”, disse o técnico do ministério, João de Deus, que nas visitas às propriedades também respondeu a todas as dúvidas dos fazendeiros. Hoje, o diretor do Ministério do Meio Ambiente, Maurício Mercadante, o coordenador de Estudos e Representatividade Ecológica do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Bernardo de Brito, e os dois técnicos participam de uma reunião com os representantes dos proprietários rurais. A intenção é apresentar uma proposta única da região ao ministério. Segundo Fonseca, os proprietários são favoráveis à criação das unidades de conservação, desde que elas não atinjam as áreas produtivas e de pecuária. Os ruralistas vão pedir aos representantes do Ministério um prazo maior para analisar as áreas propostas para as unidades de conservação. (Gazeta do Povo).

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