MILHO: MEDIDAS DE INCENTIVO AO PLANTIO E COMERCIALIZAÇÃO
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O engenheiro agrônomo da gerência técnica e econômica da Ocepar, Flávio Turra, participou nesta quinta-feira (11), em São Paulo, de reunião promovida pelo Ministério da Agricultura e que contou com a presença do secretário de Política Agrícola, Célio Porto, presidente da CONAB, Vilmondes Olegário da Silva e representantes da Embrapa, Banco do Brasil, Ministério da Fazenda, entidades privadas que compõem a cadeia produtiva e cooperativas. Na oportunidade foram discutidas as principais medidas de apoio à produção e comercialização do milho para a safra 2002/2003.
Preocupação - Segundo Turra, no encontro ficou evidente a preocupação de todos os segmentos da cadeia produtiva com a atual escassez de milho e com o desinteresse do produtor em aumentar o plantio do milho para a próxima safra em função das boas perspectivas de mercado para a soja. Entre os principais resultados desta reunião o técnico da Ocepar destaca:
1) O Ministro da Agricultura divulgou nesta sexta-feira (12/07) o preço de exercício do contrato de opção com o calendário dos leilões. O preço de exercício deverá ficar entre R$ 14,00 e R$ 15,00 por saca.
2) A Embrapa implementará parcerias para aumento sustentado da produtividade do milho via inovação tecnológica.
3) O Banco do Brasil financiará 100% do orçamento de custeio quando o produtor fizer contrato de opção ou outro contrato de venda com a indústria. Nos casos em que os produtores necessitarem mais do que R$ 250.000,00 para custeio do milho o Banco do Brasil atenderá a demanda, porém com recursos a taxas superiores a 8,75%.
3) Pedidos dos produtores e cooperativas: a) Estabelecimento de preço de exercício estimulante para o milho observando a relação de 2:1 - preço de dois sacos de milho por um de soja. b) Implementação de contratos entre produtores e indústrias. c) Lançar para a próxima safra o seguro agrícola para o milho com subsídio de 50% do prêmio.
4) As indústrias afirmaram que estão elaborando contratos de compra futura de milho junto aos produtores e que defendem contrato de opção na relação de 2:1.
Rentabilidade - Flávio ainda ressaltou que nesta reunião, ?foi possível notar a preocupação de todos os agentes econômicos envolvidos com a cadeia produtiva do milho com a necessidade de implementação de novos instrumentos que garantam rentabilidade ao produtor de milho e preços mais regulares aos consumidores?, lembrou.
Leilão de opção dia 19 ? As medidas foram anunciadas oficialmente nesta tarde pelo ministro Pratini de Moraes e têm por objetivo estimular a manutenção da área plantada de milho para atender o grande aumento da demanda de avicultores e suinocultores em função das exportações. Além disso, o governo quer garantir a competitividade do produto frente à soja, valorizada no mercado internacional e favorecida pelo câmbio. A expectativa do ministro é de que se for mantida a área plantada de 12,4 milhões de hectares e o clima se mostrar favorável, a produção nacional de 2002/03 deverá superar a colheita de 2001/02, de 36 milhões de toneladas. Entre as medidas, Pratini de Moraes anunciou a realização de 10 leilões de contrato de opção, com o primeiro marcado para o próximo dia 19, para garantir a comercialização de 5 milhões de toneladas até maio de 2003 e com isso estimular o plantio. Esse leilão ofertará 500 mil toneladas. Os preços de exercício definidos pelo governo no contrato de opção serão os seguintes: Vencimento em fevereiro ? R$ 14,40; março ? 14,60; abril ? R$ 14,80; e maio R$ 15,00 por saca. Esses preços são válidos para os estados do Paraná, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo, Minas Gerais e Sul da Bahia.