MICHELETTO ELOGIA NA CÂMARA SISTEMA COOPERATIVISTA
- Artigos em destaque na home: Nenhum
O deputado federal Moacir Micheletto (PMDB?PR) discursou nesta segunda-feira, 24 de junho, no plenário da Câmara dos Deputados sobre a importância do sistema cooperativista. O parlamentar iniciou o pronunciamento afirmando que o conceito ?a união faz a força? é inquestionável, porque é fruto da sabedoria e da experiência popular. ?Prova desse valor são as cooperativas, em que a associação de pequenos empresários lhes dá o poder que individualmente não teriam?, comenta. De acordo com Micheletto, no Brasil há cerca de 5.100 cooperativas, das quais 1.400 no campo agropecuário, movimentando em torno de 30% da safra de soja, 27% da de café e grande parte do leite que produzimos.
Modernizar a lei - A Lei nº 5.764, que rege os empreendimentos cooperativistas no Brasil, é de 1971, e reclama alterações para que se possa modernizar o setor. Por essa legislação, ao associado concede-se o direito de apenas um voto nas decisões da sociedade; a repartição dos resultados (as ?sobras?) é diretamente proporcional à participação dos consócios, e não ao capital que têm na organização, como nas outras empresas. Daí por que, nas cooperativas, não se cobra o imposto sobre a renda, não prevista no estatuto que as rege.
Nova geração - Para Moacir Micheletto, a tendência é que chegue ao Brasil a chamada Nova Geração de Cooperativas, modelo que vingou na região norte dos Estados Unidos e no meio-oeste do Canadá. Nela, a par dos preceitos fundamentais do cooperativismo, é obrigatória a capitalização do empreendimento pelo próprio cooperado, proporcionalmente à produção a ser entregue no futuro. O financiamento, para tanto, poderá ser concedido pelos agentes financeiros diretamente aos produtores interessados.
Orientação - Assim, a Nova Geração de Cooperativas considera o interesse dos produtores e a conveniência do mercado; a instituição é, pois ? no dizer dos americanos ? ?market oriented?, e não apenas ?producer oriented?, segundo a norma do atual sistema cooperativo. Podemos entendê-la como uma nova arquitetura organizacional, que altera os direitos de propriedade e assegura à cooperativa um melhor e mais substancioso desempenho econômico. Micheletto salienta que com a Nova Geração de Cooperativas, o ganho será de todos: da agropecuária brasileira, dos associados, das próprias cooperativas e da economia nacional. Se ?a união faz a força?, unidos mais vigorosamente os produtores rurais serão muito mais fortes, para que possamos construir juntos o Brasil a que tem direito o seu bravo povo.