Mercado para os produtos agropecuários

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O cenário é positivo quanto ao comportamento dos preços de mercado para o próximo ano, o que deverá permitir maior elevação da renda do setor, garantindo maiores investimentos. Os preços futuros da soja continuarão nos níveis atuais ? US$ 7,7 bushel, o que é considerado um ótimo preço, se comparados com os preços históricos de US$ 5,5 bushel. O preço futuro do algodão apresenta tendência de estabilidade em nível de US$ 0,75/libra peso, que também é um preço muito bom. No caso do arroz a projeção do preço é de variação positiva, mas como é um produto de mercado interno, seu preço estará condicionado a melhora da renda das pessoas, o que dá sinais de que efetivamente deverá ocorrer, com isso o arroz terá uma boa performance de preço. A mandioca deverá ter preços altos, abaixo do que está hoje, mas ainda bem remuneradores. O preço do milho sinaliza para estabilidade, mas num nível baixo, bem abaixo da paridade 2 para 1 com a soja (2 sacas de milho para 1 saca de soja).

Para o café, não há perspectiva de superação da crise que atinge o setor, apesar de as estimativas indicarem que a nova safra será inferior à mais recente colheita. Ainda há muito produto em estoque, derrubando os preços pagos pelo produto.

No caso do açúcar, desde o início da safra, o mercado do açúcar apresentou queda de 31,88% dos seus preços e de 33,88% do álcool anidro, segundo a CNA. Como os preços do álcool foram melhores do que os do açúcar, 50,2% da cana produzida no País, em 2003, foram destinadas à produção de álcool.

Como o mercado externo do açúcar está muito baixo, é possível que haja alguma melhora, mas as atenções deverão ficar mais centradas ainda no preço do álcool combustível, que deverá ter um aumento do consumo interno por conta do crescimento da demanda pelo incremento das vendas de automóveis bi-combustível.

O mercado das carnes aponta para variação positiva de preços. A carne de suínos deverá ter sofrer ligeira elevação, da mesma forma a de aves e a de bovinas, as três puxadas pelo aumento das exportações, que deverão receber um impulso adicional provocado pelo aparecimento da doença ?vaca louca? nos Estados Unidos. Em 2003, ocorreu aumento do volume de exportação de carne bovina, assim como os preços médios pagos pelo mercado internacional. Em novembro, cada tonelada de carne brasileira exportada foi negociada por US$ 2,2 mil, frente cerca de US$ 1,6 mil que vigorava no final do ano passado e no início deste ano.

Apesar das dificuldades enfrentadas pelos pecuaristas, a produção total de carne bovina em 2003 será recorde, com crescimento de 5% sobre 2002. O rebanho brasileiro, ao final deste ano, deve chegar a 183,5 milhões de cabeças. O abate total estimado para 2003 é de 36 milhões de animais. Da mesma forma que a produção será recorde, as exportações também o serão, cerca de 1,4 milhão de toneladas, com isso o Brasil assume a dianteira com maior exportador mundial de carne bovina.

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