Conteúdo acessível em Libras usando o VLibras Widget com opções dos Avatares Ícaro, Hosana ou Guga. Conteúdo acessível em Libras usando o VLibras Widget com opções dos Avatares Ícaro, Hosana ou Guga.

Mercado aguarda regulamento de alteração cambial

As medidas anunciadas pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) não tendem a alterar a trajetória do dólar frente ao real, mas ao longo do tempo podem ampliar a volatilidade da moeda brasileira. A semana para o mercado financeiro começará com a expectativa em torno da regulamentação das mudanças, que visam reduzir a burocracia nas transações cambiais. O anúncio envolve a unificação de regras para o câmbio flutuante (turismo) e livre (comercial), a liberação dos limites de negociação e de envio de dólares para o exterior, além do fim da remessa de recursos em nome de terceiros por meio das chamadas contas CC5 (de não-residentes). O CMN também decidiu ampliar o prazo para os exportadores trazerem dólares para o País.

Dólar comercial - “Em termos de taxa de câmbio não muda nada. O dólar comercial passa a balizar as operações, mas não deve causar pressão de demanda na moeda”, afirma o economista da Consultoria GRC Visão, Alexandro Agostini. O ex-diretor do Banco Central, Carlos Thadeu de Freitas concorda. “As medidas eram esperadas e são de caráter contábil. Por isso não vão afetar o dólar, apenas facilitar a entrada e saída de capitais”, acredita. Como as transações serão simplificadas, uma das conseqüências pode ser o aumento das oscilações do mercado de câmbio. “A medida foi anunciada no momento certo, de credibilidade, em que não há crise cambial. Se estivéssemos em um cenário de tensão, a saída de dólares seria intensificada”, explica.

Câmbio - O CMN eliminou a figura do banco intermediário e as operações ficarão mais visíveis, reduzindo a possibilidade de lavagem de dinheiro, explicou o diretor de Assuntos Internacionais do BC, Alexandre Schwartsman. Com o fim de taxas para o mercado livre e o flutuante de moeda estrangeira, os exportadores agora terão mais tempo para internalizar no País o dinheiro de suas vendas. Nesse período, podem esperar o momento em que a cotação esteja mais favorável para a conversão à moeda brasileira. O diretor do BC explicou que as contas CC-5 dos brasileiros residentes no exterior continuam a existir. “O CMN acabou com as transferências pela conta de um banco. Se a pessoa quiser fazer uma remessa para o exterior, ela vai a um banco e faz um contrato de câmbio com esse banco, que remeterá diretamente o dinheiro para o interessado, reduzindo o processo burocrático”, disse. (Página Rural)

Conteúdos Relacionados