Fonte: CBOT (1 bushel de trigo/soja: 27,216kg; 1 bushel de milho: 25,40kg)

         Elaboração: Getec

           Fonte: CMA

           Elaboração: Getec

           Fonte: Cooperativas do Paraná        

           Elaboração: Getec

Dólar

O dólar teve outro dia de forte queda, agora sem a pressão para a formação da Ptax e com outra intervenção do Banco Central no mercado à vista. A moeda norte-americana recuou hoje 3,98% e encerrou a R$ 3,61 para venda e R$ 3,60 para compra, retornando ao nível em que operava na segunda-feira da semana anterior. Em dois dias, a moeda caiu 7% em relação a seu fechamento recorde, R$ 3,88, registrado dia 27/09. Em suas intervenções diárias no mercado cambial, o Banco Central vendeu um total de US$ 13,89 milhões em leilão de linhas de crédito à exportação a uma taxa de 4,00% ao ano, frente à uma oferta inicial de US$ 40 milhões, sendo que toda demanda foi atendida. Operadores dizem que o BC teria atuado no mercado à vista duas vezes na parte da manhã. Na BM&F, o contrato futuro com vencimento em novembro encerrou o dia cotado a R$ 3.576, forte baixa de 2,30% em relação ao fechamento de R$ 3.660 da última segunda-feira. O contrato com vencimento em dezembro fechou em  baixa de 1,99%, atingindo R$ 3.489 frente a R$ 3.560 do fechamento de ontem.

Fechamento dos contratos futuros do dólar na BM&F (01/10)

                                   Fonte: BM&F

Até o dia 29 de setembro, 83% das lavouras de soja nos Estados Unidos já estavam na fase de queda de folhas, 7 pontos acima do mesmo período do ano anterior. A colheita da soja americana avançou forte na última semana, atingindo agora 17% da área plantada, um crescimento de 11 pontos sobre a semana anterior, quando a colheita tinha atingido 6% da área. A média dos últimos 5 anos para o mesmo período é de 22%. A colheita intensificou-se na semana passada, devido às boas condições climáticas, com exceção da região do Vale do Rio Ohio.

Segundo o último relatório do USDA, 83% da safra de milho já está pronta para colheita, número próximo da média dos últimos 5 anos, que é 82%. No estado de Iowa, 95% das plantações de milho já estão maduras. Até o dia 29 de setembro, 20% da área plantada com milho já tinha sido colhida, 7 pontos percentuais acima do da área colhida até a semana passada, que era de 13%, mas dois pontos abaixo da média dos últimos 5 anos, que é 22%. Na última semana, os campos amadureceram rápido no Cinturão do Milho e nas Grandes Planícies, apesar das temperaturas mais frias que o normal. A colheita avançou rapidamente na parte sul do cinturão, mas atrasou mais que o normal no centro e na parte norte.

Soja

Os contratos futuros de soja caíram pelo segundo dia nesta semana, num pregão marcado pela falta de interesse tanto do lado dos compradores quanto dos vendedores. Com a colheita avançando no ritmo esperado, a maior disponibilidade do grão pressiona as cotações no mercado físico, e por conseqüência, nos preços futuros. Mas apesar da pressão devido a colheita, muitos traders acreditam que os estoques apertados e a forte demanda ajudarão a evitar uma queda muito acentuada dos preços. O relatório trimestral dos estoques, que trouxe números maiores que os esperados pelo mercado, também ajudou a pressionar as cotações hoje.

Muitos analistas também acham que o USDA está subestimando a demanda para 02/03, e apontam que as exportações de soja americanas podem atingir cerca de 25 milhões de toneladas no período.

Milho

Os contratos futuros de milho fecharam em alta, numa correção técnica por parte do mercado que considerou a queda de ontem exagerada. Os preços do milho têm sido bastante influenciados nos últimos dias pelas cotações do trigo. Para os próximos dias são esperadas chuvas nas principais regiões produtoras, o que pode atrasar a colheita e sustentando assim as cotações.

 Fechamento dos contratos futuros de milho na BM&F (01/10)

Fonte: BM&F

Mais um dia de boas altas nos preços dos contratos futuros do milho negociados na BM&F. O contrato com entrega para o mês de novembro foi o destaque, fechando o pregão acima dos R$ 23,00 por saca de 60kg. O spread (diferença) entre o contrato para entrega em março e para entrega em maio agora é só de R$ 0,16 por saca.