MÁQUINAS AGRÍCOLAS: Indústrias já demitiram oito mil pessoas

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São poucas as chances de que a direção da Semeato reveja sua decisão de fechar 800 postos de trabalho nos próximos meses. A medida agrava ainda mais a crise enfrentada pelo setor de máquinas e implementos agrícolas que desde o final de 2004 já demitiu 8 mil funcionários. A política cambial do governo Lula, as altas taxas de juros e a perda de rentabilidade são apontadas pelas empresas como as responsáveis pela crise. Ontem o presidente do Sindicato das Indústrias de Máquinas do Estado, Cláudio Bier, esteve em Brasília, onde se reuniu com representantes do governo federal. Uma das reivindicações apresentadas foi a criação de uma linha de crédito para dar capital de giro às empresas, com carência de dois anos para pagamento. Hoje o setor emprega cerca de 22 mil trabalhadores.

Demissões - Anunciada em uma nota oficial na tarde de terça-feira (09/05), a decisão da Semeato trouxe apreensão aos cerca de 2 mil funcionários. Com nove unidades de produção – seis em Passo Fundo e as demais em Carazinho, Butiá e Vespasiano (MG) – a indústria o é especializada na fabricação de máquinas e implementos agrícolas. De acordo com a gerente de marketing da empresa, Carolina Rossato Hayashida, o fechamento das vagas faz parte de um amplo processo de adequação para que a indústria não se torne inviável. O processo, contudo, não será imediato e sim gradual. Para o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Passo Fundo, José Ailton Araújo dos Santos, faltou diálogo da direção da Semeato com os seus funcionários: “Já havíamos antevisto essa crise e tentamos buscar saídas para evitar demissões, mas não fomos sequer recebidos” criticou Santos. (Zero Hora)

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