MAPA: Novo ministro da Agricultura é bem avaliado no Paraná
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As entidades paranaenses ligadas ao agronegócio viram com bons olhos a nomeação de Mendes Ribeiro Filho para assumir o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), com posse agendada para a semana que vêm. Entretanto, preferiram não comentar sobre o trabalho do seu antecessor frente à pasta, o ex-ministro Wagner Rossi, que pediu demissão do cargo após diversas denúncias de irregularidades no ministério.
Trajetória - Jorge Alberto Portanova Mendes Ribeiro Filho tem 56 anos e estava em seu quinto mandato de deputado federal (PMDB-RS), além de atuar como líder do Governo no Congresso. Formado em Direito, começou a carreira política em 1974, como militante do MDB, e foi deputado estadual nas legislaturas de 1986 a 1990 e de 1991 a 1994. Em sua primeira entrevista como ministro, disse que vai ''conversar muito e ouvir muito'' e que não assumirá o ministério ''para fazer faxina'', mas sim para tratar de agricultura. Ainda ontem, Mendes Filho iria se reunir com Wagner Rossi para tratar de assuntos referentes à pasta.
Itens importantes - José Roberto Ricken, superintendente da Organização das Cooperativas do Estado do Paraná (Ocepar), não opinou sobre o desempenho de Rossi à frente do ministério, mas elencou alguns itens importantes que Mendes Filho deve dar atenção. Ele sugeriu que é necessário realizar políticas de renda e de preços mínimos para a agricultura, além de não esquecer a importância da sanidade agropecuária do País. ''É um fator muito importante para não perdermos mercado internacional.''
Trigo e política cambial - Outros pontos que o novo ministro não pode deixar de fora de seu governo, segundo Ricken, é desenvolver uma política adequada para o trigo e não se esquecer das dificuldades enfrentadas pelo setor em relação à política cambial. ''Operacionalmente, para nós foi interessante a confirmação do nome de José Gerardo Fontelles como secretário-executivo do Mapa. Ele é um profundo conhecedor do agronegócio e pode ajudar muito no encaminhamento das propostas para o ministro''.
Reivindicações - Já Ágide Meneguette, presidente do Sistema Faep (Federação da Agricultura do Estado do Paraná), disse, em nota, que espera que o novo ministro Mendes Ribeiro ''ouça as reivindicações dos produtores rurais durante sua gestão''. Meneguette ressaltou que o ''agronegócio se espalha pelo Brasil em mais de 5 milhões de propriedades, provoca saldos positivos na balança comercial brasileira e gera mais de um terço dos empregos no País''. ''Por ser do Rio Grande do Sul, estado importante na produção agrícola, certamente tomará suas decisões com conhecimento desse cenário. Não é preciso ser agrônomo ou veterinário para ser ministro da agricultura, mas é necessário ter bons auxiliares. Isso ajuda, não atrapalha'', complementou.
Ortigara - A FOLHA tentou ouvir o secretário estadual da Agricultura e do Abastecimento (Seab), Norberto Ortigara, mas a assessoria disse que ele não iria se pronunciar. (Folha de Londrina, com Agência Brasil)