Mais uma tentativa para negociar acordo agrícola

  • Artigos em destaque na home: Nenhum

As pendências da Rodada Doha da Organização Mundial do Comércio (OMC) levarão ministros de 20 países, entre os quais o do Brasil, a reunirem-se nos dias 7 e 8 de julho em Qingdao, na China. Trata-se de mais um esforço para que as negociações, sobretudo na espinhosa esfera da agricultura, não degringolem até dezembro, quando os 148 países terão finalmente de acertar em detalhes os objetivos do acordo agrícola. Crucial para a Rodada Doha, a reunião ministerial da OMC de Hong Kong definirá se as negociações poderão ser fechadas em 2006 ou se jogará nelas uma pá de cal. Depois dos resultados favoráveis neste ano nas reuniões em Davos (Suíça), Mombaça (Quênia) e Paris (França), o Brasil e seus associados no Grupo dos 20 (G-20) terão a incumbência em Qingdao de convencer países reticentes ao tema agrícola, principalmente os EUA, a avançar mais um passo.

Subsídios via “caixa azul” - Criado em meados de 2003 por iniciativa brasileira, o G-20 reúne países em desenvolvimento empenhados em alcançar os objetivos mais ambiciosos de redução de subsídios e de abertura de mercados agrícolas definidos para a Rodada Doha. A tarefa mais difícil em Qingdao será convencer os Estados Unidos, a União Européia e outros países que se valem largamente de subvenções agrícolas a aceitar regras para os subsídios domésticos classificados na "caixa azul". Tratam-se dos pagamentos diretos do governo ao agricultor, mas com limitação para a produção. Esses mecanismos permitem a concessão de subsídios para quem não produzir e, portanto, tendem a evitar a superoferta de produtos e a queda de preços e de renda no setor.(O Estado de São Paulo).

Conteúdos Relacionados