Mais recursos para a cafeicultura
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O governo federal
começa a definir, a partir da próxima semana, as diretrizes para
a política cafeeira do país na safra 2004/05. Com base em um documento
elaborado por cafeicultores, indústrias e exportadores, que o Valor teve
acesso, as discussões serão concentradas nas medidas de apoio
à produção e à infra-estrutura da nova safra, além
da criação de novas estratégias para o incremento dos resultados
de toda a cadeia do setor. Os produtores concentraram seu pleito principal,
de um total de 19 itens elencados que serão submetidos no dia 14 ao Conselho
Deliberativo de Política Cafeeira (CDPC), no aumento dos recursos de
financiamento. Os cafeicultores pedem R$ 2 bilhões para 2004/05, destinados
a plantio, colheita e comercialização, a taxas controladas pelo
governo (9,75%/ano). Para os financiamentos captados no mercado, eles pedem
a alavancagem dos recursos do Funcafé para a equalização
das taxas de juros - ou seja, o Funcafé cobriria a diferença dos
juros do mercado.
Estocagem - Fora das políticas públicas do governo, as
indústrias querem financiamento para estocar grãos, com os mesmos
juros oferecidos aos produtores, além de taxas menores para a compra
do café dos estoques do governo. "As indústrias pagam hoje
a taxa Selic", afirma Nathan Herszkowicz, diretor da Associação
Brasileira da Indústria do Café (Abic). Segundo Linneu da Costa
Lima, secretário de Produção e Comercialização
do Ministério da Agricultura, o governo não tem disponível
o total de recursos pedido pelos cafeicultores. O planejado para 2004 soma R$
1,226 bilhão (incluindo recursos oficiais e Funcafé), 18% acima
do liberado em 2003 (R$ 1,037 bilhão). Mas, segundo ele, o restante poderá
ser levantado com recursos externos por meio da criação de armazéns
alfandegados. (Fonte: Valor Econômico)