Lula Comemora Dia Internacional Do Cooperativismo
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Interministerial - O grupo de trabalho estudará a modernização das leis do cooperativismo, a tributação do ato cooperativo, a possibilidade de acesso das cooperativas de crédito ao Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT), o apoio à exportação dos artigos produzidos pelas cooperativas e a possibilidade de importação, diretamente pela cooperativas, dos insumos necessários à produção. Segundo o presidente Lula, o cooperativismo é uma importante alavanca de conquista de um desenvolvimento mais equilibrado para o Brasil, e é por isso que o governo está trabalhando para fortalecer sua presença no país, com medidas que modernizem o sistema cooperativo, credenciando-o a desempenhar um papel relevante na coordenação da economia nacional.
Recursos - Outra medida anunciada foi um protocolo de intenções para incentivo ao Cooperativismo de Eletrificação Rural, assinado pelos ministros da Agricultura e das Minas e Energia. Também foi confirmado investimento de mais R$ 12 milhões para criação de estruturas adequadas às cooperativas que trabalham na agricultura familiar, e de R$ 15 milhões para realização de programas de treinamento e desenvolvimento humano.
Ocepar - Na opinião do presidente da Ocepar, esta iniciativa do próprio presidente Lula, em prestar esta homenagem ao cooperativismo em seu dia, além de ser um ato de extrema importância, significa que o Lula cumpre com aquilo que havia se comprometido durante sua campanha: “Entendemos como um fortalecimento do cooperativismo esta atitude do governo aqui hoje. Realmente estamos sentido avanços no cooperativismo e isto também se deve algumas medidas que já foram tomadas nestes primeiros seis meses de governo. O presidente pode ficar tranqüilo que o setor saberá responder com muito trabalho todo este apoio. Importante ressaltarmos que o presidente em seu discurso utlizou-se do exemplo do Paraná, onde as cooperativas são responsáveis por 13% do PIB do estado, mais que o dobro da participação nacional”, lembrou Koslovski.
Márcio Freitas - OCB - O presidente da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), Márcio Lopes de Fretais, iniciou seu pronunciamento lembrando que esta é a primeira vez na história do Brasil que um presidente da República comemora junto com o sistema o Dia Internacional do Cooperativismo. “Isso é a consolidação do especial apoio que temos recebido do governo”, disse Freitas. Afirmou, que o povo brasileiro e as cooperativas estão vendo as promessas de campanha do presidente Luiz Inácio Lula da Silva sendo cumpridas. Ele descreveu o cooperativismo como uma forma de desenvolvimento pessoal, geração de emprego e renda e principalmente de inclusão social.
Reivindicações - Márcio agradeceu o apoio e a atenção dispensada até o momento pelo governo federal, mas reafirmou que o sistema tem uma agenda extensa de necessidades e reivindicações, e que para isso espera contar com a sensibilidade do Executivo e a participação do Congresso Nacional na definição de uma política de incentivo ao setor cooperativo. Precisamos de uma legislação e de um tratamento tributário adequado, em especial sobre o ato cooperativo, colocou o presidente da OCB. Em seu discurso, também pediu o reconhecimento das particularidades dos diversos ramos cooperativistas, de forma que alguns setores não sejam mais penalizados, como é o ramo trabalho. Para finalizar, ele detalhou aos presentes as quatro tendências do sistema, que são a profissionalização da gestão; formação de redes de intercooperação; educação; e responsabilidade social.
Roberto Rodrigues – Ministro Da Agricultura - O ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Roberto Rodrigues, iniciou falando da essência do cooperativismo, que é uma doutrina, uma filosofia, que anda no mundo sem fronteiras, sem ideologia ou posições partidárias há mais de 300 anos. Fez um histórico, lembrando do fortalecimento desse sistema no século XIX, com a revolução industrial, que trouxe a exclusão social, gerando assim a necessidade da evolução das cooperativas. Antes, segundo Rodrigues, o cooperativismo era’considerado a terceira via, situando-se entre o capitalismo e o socialismo, sempre agrupando as qualidades dos dois lados, mas primando por valores e princípios éticos, morais e democráticos. Hoje, no entanto, “passamos a assumir um novo papel, deixando de ser fluxo entre o capitalismo e socialismo, para ser a ponte entre esses dois sistemas”. Assim, as cooperativas se transformaram num parceiro “rigorosamente perfeito dos governos que têm a visão democrática da paz”.
República Cooperativista - Rodrigues também fez uma autocrítica, uma vez que ele também vem do sistema cooperativo: se 40% da população mundial têm alguma ligação com o cooperativismo, porque no Brasil somos apenas 5 milhões, totalizando 8% dos habitantes, perguntou o ministro. Ele mesmo deu a resposta: “primeiro, por falta de termos investido, governo e nós cooperativistas, nos recursos humanos, já que cooperativas é feita principalmente de pessoas antes do capital”; e segundo, “porque perdemos de vista um instrumento legal que reconheça o cooperativismo”. Contudo, continuou Rodrigues, diante da intenção do presidente de transformar o Brasil em uma República Cooperativista, isso pode ser corrigido. “Pelas mãos do presidente Lula, o cooperativismo entra hoje na era da modernidade”, encerrou Rodrigues.
Denacoop – Em seu pronunciamento, o ministro Roberto Rodrigues também citou a importância do trabalho que vem sendo desenvolvido no Denacoop (Departamento Nacional de Cooperativismo e Associativismo) pelo paranaense José Roberto Ricken. Este ano, lembrou o ministro, o Denacoop deve investir R$ 15 milhões em projetos de incentivo ao desenvolvimento das cooperativas brasileiras.