José Dirceu defende plantio de transgênicos
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O ministro-chefe da Casa Civil da Presidência da República, José Dirceu, defendeu neste domingo (17), em Maringá, a pesquisa e o plantio de produtos geneticamente modificados. Cauteloso, disse que, embora respeite a decisão contrária do governador Roberto Requião, alertou, entretanto, ser fundamental considerar a decisão dos produtores rurais e do agronegócio. Em visita à cidade para gravar depoimento em favor do candidato petista à prefeitura municipal, João Ivo, o ministro fez questão de citar o caso do Rio Grande do Sul. Naquele Estado, 90% da soja colhida neste ano procede de sementes geneticamente alteradas. Ele previu: “vamos aprovar e tenho a certeza de que o Congresso Nacional vai regular a pesquisa e a comercialização de sementes transgênicas. O Brasil precisa regulamentar e legalizar esta situação. Nós precisamos avançar na pesquisa e aproveitar os avanços científicos nesta área”, advertiu.
Contra radicalismo - De forma diplomática, porém, sem deixar de externar sua posição contrária ao governador Requião, o ministro foi enfático: “Não podemos nem ter uma posição irresponsável de não proteger a saúde e o meio ambiente e a agricultura e nem também uma posição fundamentalista de achar que não podem existir organismos geneticamente modificados”. Sempre reiterando a importância de levar em conta a posição dos produtores rurais e do agronegócio, José Dirceu reiterou a importância da proteção do meio ambiente, da saúde humana e animal, bem como do solo. “Mas, devemos avançar no campo da transgenia e usá-la. O Brasil precisa disto para avançar na sua agricultura e agroindústria”. O ministro questionou a posição de Requião. “Não é a opinião de muitos de nós e nem dos governadores Rigoto (Rio Grande do Sul), Blairo Maggi (Mato Grosso) e Zeca do PT (Mato Grosso do Sul)”. Estes Estados, ao lado do Paraná, (são os principais produtores de soja no Brasil). Encerrando a questão, José Dirceu foi bem objetivo: “A legislação que o governo faz é federal. Depois de aprovada no Congresso Nacional, vai valer para todos os Estados”. (Faep)