Joelmir Beting e Gustavo Loyola falam para lideranças cooperativistas
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O jornalista Joelmir Beting e o economista e ex-presidente do Banco Central, Gustavo Loyola, estiveram em Curitiba nesta segunda-feira (25), quando falaram para lideranças cooperativistas de todo o estado. Eles participaram como palestrantes do Fórum dos Presidentes de Cooperativas de todos os ramos, realizado pela Ocepar e pelo Sescoop Paraná, evento que reuniu, no auditório Caio Gruber, no Cietep/Fiep, mais de 160 presidentes, diretores e conselheiros de cooperativas.
Radiografia - Joelmir Beting, que atualmente é comentarista do telejornal da Band e possui colunas em diversos jornais, fez uma radiografia sobre o Brasil, cenários macroeconômicos e políticos para 2005 e 2006. Segundo Beting, o país vive um momento bastante positivo com a economia estabilizada, mas ainda com alguns problemas para serem resolvidos, entre os quais, taxas de juros. Para ele o setor produtivo não pode conviver com juros escorchantes, onde o maior sócio das empresas é o próprio governo. Beting também fez uma abordagem sobre as reformas que ainda necessitam acontecer, entre elas, a tributária e trabalhista e fez uma explanação detalhada sobre a crise do petróleo no mundo. Para ele vivemos uma crise “do blefe da boca, da bolsa e da mídia”. Ele criticou a forma com que muitos veículos de imprensa se comportam ao falar da atual crise petrolífera. “Vivemos mais em função de uma certa histeria do mercado do que propriamente uma crise”, ressaltou. Ao final da palestra Joelmir falou sobre a necessidade do governo Lula soltar as amarras sobre o mercado financeiro, para isso precisa resolver uma política para as taxas de juros que sobem e descem.
Macroeconomia
- Já o economista Gustavo Loyola falou sobre os reflexos da política
macroeconômica para o setor produtivo brasileiro. Para ele os problemas
herdados pelo atual governo necessitam de uma solução, principalmente
no que diz respeito a infra-estrutura. Loyola apresentou três possíveis
cenários: 1. Otimista – Sucesso nas reformas e nas políticas
setoriais e microeconômicas. Economia internacional em crescimento. Preservação
do atual rumo na macroeconomia; 2. Pessimista: Lula não resiste às
pressões e sucumbir ao populismo e assim mudar a política macroeconômica;
3. Intermediário: Momento vivido pelo atual governo. Sucesso parcial
nas reformas. Desempenho ruim a regular nas áreas setoriais. Governo
não perde o rumo na macroeconomia. “Não vemos sinais de
uma catástrofe. Temos uma importante taxa de crescimento, em torno de
3% ao ano”. Loyola projetou o seguinte cenário para 2005: PIB de
4,0%; Inflação (IPCA) 5,3%; Juros (dezembro) 15,0%; Taxa de câmbio
3,10; Balança Comercial US$ 25 bilhões; Conta Corrente 2,5 e investimentos
estrangeiros US$ 15 bilhões.