INVESTIMENTOS II: Aporte de agroindústrias será de R$ 271 milhões
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O setor de agroindústria é um dos grandes responsáveis pelos novos investimentos no Paraná. Em todo o Estado, serão R$ 271,8 milhões em novos empreendimentos que devem gerar 8.540 empregos. Somente em Campo Mourão, na região Noroeste, as empresas Frangobrás e Averama e cooperativa Coagru estão desenvolvendo um projeto de R$ 100 milhões para a construção de um conjunto de abatedouros de aves e matrizeiros. Algumas unidades já começam a funcionar em abril.
Desenvolvimento - O projeto está promovendo o desenvolvimento agrícola na região. Com a indústria avícola, parte da produção de grãos será absorvida e a atividade vai incentivar a diversificação da propriedade e a agregação de valor e renda ao agricultor. A Frangobrás, capitaneada pela Globoaves, de Cascavel, associada a empreendedores de Maringá, está investindo R$ 40 milhões, em recursos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para implantação de um abatedouro, que terá área construída de 30 mil metros quadrados. A previsão inicial é de abater de 40 a 60 mil aves por dia, mas, em plena capacidade, poderá abater 160 mil aves por dia.
Novos aviários - Por estar localizado em região estratégica, o empreendimento visa atender os mercados interno e externo, especialmente o Mercosul, e deve gerar 800 empregos diretos e 8 mil indiretos. O projeto prevê ainda investimentos para 100 aviários, que serão financiados com recursos do Banco do Brasil, Sicredi e outros agentes financeiros, num total de R$ 20 milhões. A primeira parte dos recursos já foi liberada.
Matrizeiros em Roncador - A empresa Averama está investindo R$ 30 milhões na instalação de cinco matrizeiros no município de Roncador, a 80 quilômetros de Campo Mourão. A previsão é criar 300 mil frangos que farão a postura de ovos para serem incubados e dar origem aos pintainhos, que serão distribuídos nos aviários de engorda, fechando a cadeia produtiva.
Coagru - Os matrizeiros estão localizados em Roncador em função da mata nativa local que protege as instalações. Por recomendação da Defesa Sanitária Animal, eles devem ficar isolados dos aviários num raio aproximado de 100 quilômetros. Nesse mesmo negócio, a cooperativa Coagru se uniu à empresa avícola Big Franco para instalação de cerca de 60 aviários no município de Ubiratã, um investimento de R$ 30 milhões.
Coasul - Além desse empreendimento, outras empresas estão investindo no setor agropecuário, como a Coasul, que vai construir um frigorífico abatedouro de aves em São João, cuja capacidade de abate é de 100 mil aves por dia. São R$ 80 milhões em investimentos na indústria e R$ 30 milhões nos aviários. A previsão é que a empresa seja inaugurada em 2009 e gere 1.200 empregos diretos e 4 mil indiretos.
Boa notícia - Para o secretário da Agricultura, Valter Bianchini, esse empreendimento é mais uma boa notícia para o Paraná, principalmente para a região Sudoeste. "Ele vai favorecer a centenas de produtores, a maioria de agricultores familiares que compõem o quadro da cooperativa, que terão oportunidade de diversificar e agregar valor a sua produção. O Governo do Paraná fará o que for possível para apoiar esse importante passo", afirmou.
Coopertradição - Em Clevelândia, a empresa Coopertradição está investindo R$ 2,8 milhões na construção de uma unidade de recebimento e armazenagem de grãos. A capacidade é de 5 mil toneladas e devem ser gerados 12 empregos diretos. Outros R$ 4 milhões estão sendo investidos em Bom Sucesso do Sul na implantação de um núcleo com doze unidades de aviárias para a produção de ovos galados. Esses ovos serão enviados a incubadoras que darão origem aos pintainhos, que serão distribuídos para os aviários. A capacidade é de 68 mil ovos por dia e a expectativa é gerar 48 empregos diretos.
Leite em pó - O município de Realeza, no Sudoeste do Paraná, foi escolhido pela indústria de laticínios Latco para investir R$ 20 milhões na instalação de uma indústria de secagem de leite e soro, deve entrar em funcionamento em 2009. A expectativa é gerar 50 e 100 empregos diretos. A produção será destinada ao mercado interno e à exportação. A capacidade inicial da fábrica será para recebimento e industrialização de 200 mil litros de leite por dia, podendo passar a 400 mil litros por dia.
Confepar - Os recursos para bancar o empreendimento são do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e parte em recursos próprios. Realeza já é sede de uma fábrica de queijos do grupo Latco e a fábrica de leite em pó será construída em terreno ao lado. Outra empresa de leite em pó que está investindo no Paraná é a Confepar, que vai inaugurar em abril a primeira etapa da construção da fábrica em Pato Branco. Estão sendo investidos R$ 25 milhões e serão gerados 180 empregos diretos e 3 mil indiretos. Inicialmente, a empresa vai receber e transformar 400 mil litros de leite por dia. Este volume será transformado em pasta e enviado para secagem e transformação em pó na indústria de Londrina, onde a empresa já possui uma fábrica em funcionamento. (Agência Estadual de Notícias)