INVESTIMENTOS I: Empresas e cooperativas injetam R$ 6,8 bilhões no Paraná

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Os investimentos de grande porte que devem ser feitos em todo o Paraná por empresas que já estão em processo de negociação e instalação no Estado devem chegar a R$ 6,821 bilhões, segundo cálculos do governo do Estado. Além de novos empreendimentos, o governo incluiu no levantamento ampliações de empresas e cooperativas já instaladas no Estado. A previsão é de que esses investimentos gerem pelo menos 30 mil empregos diretos e indiretos.

Quem são - São empresas como Fiat, CCE, Bit Way, Eletrolux, Perdigão, Leão Júnior, Sadia, Nutrimental, Klabin, Eternit, Repar (Refinaria de Petróleo da Petrobrás), América Latina Logística, SIG Comblibloc, Dynapar, Companhia Providência e Dixie Toga. Os cálculos também incluem os investimentos que serão realizados pelas cooperativas Frimesa e Corol. "O Paraná é um Estado que possui uma boa infra-estrutura - como malha rodoviária, aeroportos, portos e universidades - que garante um nicho para a atração de novos investimentos", avalia o secretário da Indústria, Comércio e Assuntos do Mercosul, Virgílio Moreira Filho. "Além disso, temos uma política pública que dá prioridade para atração de empresas em regiões mais necessitadas".

Moinho de trigo - A Corol vai instalar um moinho de trigo em Rolândia, cujo investimento será de R$ 30 milhões - 70% do investimento vem do BRDE. Inicialmente, a capacidade de produção será de 128 mil toneladas de farinha e farelo. Além da produção de farinha, a cooperativa planeja produzir massas, como macarrão. Para o presidente da cooperativa, Eliseu de Paula, "a partir da industrialização, o grão ganha valor agregado e será mais rentável para os associados".

Ampliação - Já a Frimesa irá ampliar sua estrutura física e aumentar o número de funcionários do frigorífico em Medianeira, de 1,2 mil para 2,4 mil, além de 3 mil indiretos. Os recursos são na ordem de R$ 45 milhões, sendo 90% financiados pelo Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE).

Mais investimentos - O cálculo de investimentos das cooperativas do Paraná pode ser ainda maior se forem consideradas as cooperativas que não entraram no levantamento do governo do Estado. Somente a Coamo Agroindustrial Cooperativa, de Campo Mourão, por exemplo, vai investir R$ 180 milhões na modernização e melhorias de 25 unidades e também na ampliação da sua produção industrial. Os investimentos foram aprovados recentemente pelos associados em Assembléia Geral Ordinária e a previsão é de que sejam efetivados até 2.010.

Armazenagem - Para melhorar o recebimento e armazenagem da produção e a qualidade no atendimento as necessidades dos seus associados, além de propiciar a redução de custos com transportes, a Coamo realizará investimentos no valor de R$ 111 milhões com a modernização, adequação e ampliação de 25 unidades e da capacidade de armazenagem da cooperativa, além da renovação e modernização da frota de veículos e máquinas. "Esses investimentos na área Operacional são necessários em função dos grandes volumes de produtos que a Coamo recebe dos seus associados nas safras de verão e de inverno, e da falta de espaço em nossos armazéns, havendo a necessidade de contratação de locais para armazenamento da produção", explica o presidente da Coamo, José Aroldo Galassini.

Beneficiados - O pacote de investimentos da Coamo beneficiará milhares de associados de diversas regiões do Paraná, Santa Catarina e Mato Grosso do Sul. Serão implantados três novas unidades de recebimento da produção nos distritos de Figueira do Oeste (Engenheiro Beltrão) e Piquirivaí (Campo Mourão), além de Toledo. Também serão contemplados com investimentos os Municípios de Campo Mourão (nas instalações dos entrepostos da Indústria de óleo e do Jardim Araucária), Mamborê, Peabiru, Barbosa Ferraz, Nova Tebas, Farol, Luiziana, Ivaiporã, Toledo (Dois Irmãos e Vila Nova), Nova Santa Rosa, Tupãssi (Bragantina), Boa Ventura, Pinhão, Cantagalo, Manoel Ribas (Furnas); São Domingos e Ipuaçu, em Santa Catarina e no Mato Grosso do Sul, em Aral Moreira e Laguna Carapã.

Indústrias - Na área industrial, o total de investimentos programados pela Coamo no seu parque industrial em Campo Mourão será de R$ 68,8 milhões visando atender o grande crescimento do mercado de óleo refinado, gorduras vegetais e alimentos industrializados. A cooperativa ampliará a capacidade de esmagamento da sua indústria de óleo em Campo Mourão passando das atuais 2.000 toneladas/dia para 3.000 toneladas/dia e a refinaria de óleo saltará de 360 para 660 toneladas/dia. "A industrialização dos produtos recebidos dos associados, com a finalidade de agregar valor a produção, sempre foi um dos objetivos da Coamo", justifica José Aroldo Gallassini, presidente da Coamo.

Indústria de Café - A Coamo implantará uma indústria de torrefação e moagem de café, que incrementará substancialmente a produção no decorrer dos próximos anos. Segundo Gallassini, a instalação dessa nova indústria visa também a melhoria no controle de qualidade o produto. "O café com a marca Coamo está consolidado no mercado consumidor e com a produção própria teremos possibilidade de ampliar a produção para atender a demanda existente". (Com informações Agência Estadual de Notícias e Imprensa Coamo)

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