INSUMOS: Stephanes critica filas que ameaçam chegada de fertilizantes em Paranaguá
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O deputado federal e ex-ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes (PSD-PR) criticou duramente nesta quarta-feira (22/08) o atraso na entrega de fertilizantes decorrente da fila de navios aguardando para o desembarque do insumo no porto de Paranaguá. Na sexta-feira (17/08), dos 113 navios que estavam para atracar, 49 eram de fertilizantes. “Isso significa que será necessário mais de trinta dias para o desembarque, o que é inadmissível, considerando-se que o tempo parado representa um aumento considerável no preço do insumo”, afirma.
Valor - Um navio com trinta toneladas, parado, custa em média US$ 30 mil por dia. “Com isso, o valor dos fertilizantes tende a ficar mais alto nos próximos dias, uma vez que os prejuízos de logística com os atrasos devem ser agregados ao custo final do produto”, destaca Stephanes. O deputado ressalta ainda que o Brasil importa mais de 70% dos insumos utilizados na formulação dos fertilizantes e que a grande maioria chega ao país por meio do porto de Paranaguá.
Falta de iniciativa - “O que mais preocupa é que não vemos por parte do Governo Federal ou do Ministério da Agricultura, nenhuma iniciativa para evitar o desabastecimento e garantir o plantio da próxima safra. O governo precisa agir, ter um plano de contingência para situações como essa”, enfatiza Stephanes. O deputado lembra que o problema no desembarque é constante e que há necessidade de mais investimentos para a modernização e adequação dos portos à demanda existente.
Plano nacional - Para além da questão dos portos, Stephanes destaca ainda que falta ao país um plano nacional de fertilizantes que objetive conter ou minimizar a dependência do produto importado e que se transformou em um grande gargalo para a renda do produtor e para a competitividade brasileira na agricultura.
Potencial - “Há pelo menos cinco anos venho insistindo na necessidade desse plano nacional. O Brasil tem condições de se tornar autossuficiente na produção de fertilizantes. O que precisamos é considerar o potencial excepcional do Brasil para explorar jazidas tanto de fósforo quanto de potássio, além de modernizar a legislação existente”, conclui Stephanes. (Assessoria de Imprensa do deputado federal Reinhold Stephanes)