Inglaterra pode ter exportado mal da vaca louca

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A Grã-Bretanha exportou, no final da década passada, para pelo menos 11 países, entre eles o Brasil, produtos sanguíneos que poderiam estar contaminados com a forma humana da "doença da vaca louca", aumentando os temores de contaminação da doença, revelou hoje o jornal The Times. O sangue utilizado nos produtos foi doado por nove pessoas que morreram da doença variante Creutzfeldt-Jakob (vCJD) na Grã-Bretanha. Segundo o diário, autoridades britânicas contataram, na semana passada, os cinco países que estariam sob maior risco de contaminação por causa dos produtos sanguíneos. O governo britânico, no entanto, não revela quais são esses países. A embaixada brasileira em Londres não recebeu nenhuma notificação do governo britânico sobre o caso. "Se houve algum comunicado, ele foi feito diretamente para as autoridades em Brasília", disse um diplomata brasileiro à Agência Estado.

Exportação ao Brasil - Foram exportados para o Brasil 44.864 frascos de albumina e 80 frascos de imunoglobulina suspeitos de estarem contaminados. Outros países que receberam os lotes dos produtos foram a República da Irlanda, Dubai, Índia, Turquia, Brunai, Egito, Marrocos, Omã, Rússia e Cingapura. Segundo o Times, o caso foi descoberto após o aparecimento no ano passado na Grã-Bretanha de dois casos, nos quais acredita-se que pacientes contraíram a doença através de transfusões de sangue. Entidades médicas e políticos britânicos condenaram o fato de o governo ter mantido segredo sobre o assunto pois isso pode ter prejudicado o monitoramento da disseminação da doença. Das mais de 150 pessoas que já morreram da doença da "vaca louca", 143 eram residentes no Reino Unido.(Fonte: Agência Estado).

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