INFRAESTRUTURA: Investimentos em PCHs e CGHs no Paraná somam R$ 2 bilhões em três anos

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O Paraná é um dos estados que mais licenciou Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs) e Centrais Geradoras Hidráulicas (CGHs). Em apenas três anos foram emitidas 127 licenças ambientais para construção de 33 empreendimentos que representam investimentos de R$ 2 bilhões. A informação foi divulgada pelo governador do Paraná, Ratinho Junior, durante a abertura da V Conferência Nacional de PCHs e CGHs, que acontece, em Curitiba, nesta quarta e quinta-feira (23 e 24/03).

Importância - “Nos últimos 16 anos foram licenciadas 12 PCHs, em apenas 3 anos emitimos 127 licenças ambientais. Isso demonstra a importância que a energia limpa e renovável tem para o nosso governo”, declarou o governador.

Período - Os dados são comparativos ao período de 2003 a 2018, quando o Estado aprovou a instalação de 12 empreendimentos, número que saltou para 127 licenças emitidas, além de 191 renovações, a partir de 2019.

Entrega - Durante o evento, o governador entregou a licença de operação (LO) para a CGH Libera Maria, localizada em Bituruna, e com potência instalada de 1 megawatt, energia que permite abastecer aproximadamente mil residências.

Ferramentas - O Instituto Água e Terra (IAT), vinculado à Secretaria de Estado do Desenvolvimento Sustentável e do Turismo, disponibilizou ferramentas online para a solicitação de licenças, via Sistema de Gestão Ambiental (SGA). “O sistema tornou mais ágeis os processos, sem perder de vista os aspectos técnicos e jurídicos dos empreendimentos”, explica o secretário estadual do Meio Ambiente, Márcio Nunes.

Potencial - Além dos empreendimentos já licenciados, dados da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) apontam que o Paraná tem potencial para a construção de 162 novas PCHs ou CGHs. A região Sul do Brasil possui 407 pequenas usinas em operação. Já o potencial hídrico dos três estados somados é de 6.161 megawatts em 618 locais aptos a abrigar PCHs ou CGHs, conforme inventários hídricos.

Energia inexplorada - O presidente da Associação Brasileira de PCHs e CGHs (Abrapch), Paulo Arbex, conta que apenas no Paraná existe cerca de 1.700 megawatts de energia inexplorada, com investimentos previstos de R12 bilhões e a geração de 100 mil empregos diretos. “O Paraná também integra a lista dos que possuem maior potência outorgada de geração de energia por CGHs, com mais de 82 mil kW (quilowatts) gerados por 68 empreendimentos energéticos deste porte”, declarou Arbex.

Potência outorgada - A potência outorgada diz respeito ao potencial de geração de energia permitido pelo órgão ambiental ao empreendimento no ato do licenciamento.

Entenda - A diferença entre PCHs e CGHs está na potência instalada. A PCH é um empreendimento com potência superior a 5 MW e igual ou inferior a 30 MW. Cada MW gerado é capaz de alimentar um entorno de mil residências.

Central - Já a Central Geradora Hidrelétrica (CGH) é uma unidade que gera energia elétrica com potência instalada entre 500 kW e de até 5 MW (megawatts). Menores que as CGHs existem as Micro Centrais Hidrelétricas (MCH), que podem ter até 75 kW (quilowatts), e as Mini Geradoras Hidrelétricas (MGHs), com até 500 KW.

Linhas de transmissão - Outro ponto interessante dos empreendimentos de geração de pequeno porte é que eles muitas vezes não necessitam da construção de robustas linhas de transmissão tendo sua energia escoada por linhas que se assemelham aos sistemas de distribuição.

A Conferência - Participaram da abertura da V Conferência Nacional de PCHs e CGHs o secretário de Planejamento e Desenvolvimento Energético do Ministério de Minas de Energia, Paulo César Magalhães Domingues; a secretária municipal do Meio Ambiente de Curitiba, Marilza do Carmo Oliveira Dias; o diretor-geral da Copel, Daniel Pimentel Slaviero; o deputado federal Lafayette de Andrada; deputado estadual Tião Medeiros, além de representantes do setor e diretores da Abrapch. (Assessoria de Imprensa da Abrapch)

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