INFRAESTRUTURA II: Novos trechos terão passagem compartilhada
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Nos próximos oito anos, o governo federal pretende ampliar de 29 mil para 40 mil quilômetros a malha ferroviária brasileira. O governo prevê também um novo modelo de concessão, com livre circulação de vagões sobre os trilhos por meio do direito de passagem e do tráfego mútuo, além de metas por trecho.
Atual - No modelo atual, as concessionárias detêm o monopólio dos ramais onde atuam e cobram para conceder a outras empresas o direito de passagem. Dos 29 mil quilômetros de trilhos, 28,4 mil são administrados por empresas privadas. O novo modelo deve valer apenas para os novos trechos, que deverão ser compartilhados por diferentes empresas de logística.
Desastroso - Para Rodrigo Vilaça, presidente da Associação Brasileira dos Transportadores Ferroviários (ABTF), aquilo que se apresenta bonito vai ser desastroso no futuro. “Colocar vários operadores num mesmo trecho de ferrovia pode resultar em um nível de ineficiência entre 20% e 40%. Se um trem quebra na linha, aquele que vem atrás terá prejuízos com a carga parada. Imagine esse cenário em um trecho de movimentação intensa”, argumenta. Segundo Vilaça, as ferrovias precisam de escala e gestão verticalizada para poder operar com eficiência. (Gazeta do Povo)