INFORME PECUÁRIO: Boletim mostra a reação do mercado de carnes e leite em julho

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Confira abaixo as informações sobre o comportamento do mercado de carnes e leite no mês de julho, publicadas no Informe Pecuário nº 20. O boletim é produzido pela Gerência Técnica e Econômica do Sistema Ocepar (Getec), com base em levantamentos do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), Cepea - Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada, a Associação Paranaense de Suinocultores (APS),entre outros.

Mercado - Carne Bovina

Mercado Externo

O Brasil atingiu bons números nas exportações de carne bovina in natura no mês de julho. Segundo dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), o país exportou 101,7 mil toneladas de carne bovina in natura. O resultado supera em 5,5% o volume de junho, quando foi registrado o maior volume do ano. As exportações vêm crescendo mês a mês. Em receita a alta foi mais expressiva, 6%, saindo de US$384,2 milhões em junho para US$407,2 milhões no último mês. No acumulado dos últimos sete meses, o valor médio por tonelada teve aumento de 25%.

Mercado Interno

A menor oferta de animais pronto para o abate na maioria das praças pesquisadas pelo Cepea tem diminuído a disponibilidade de carne no atacado. Esse cenário impulsionou os preços dos cortes nos últimos dias. Dados do Cepea - Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada indicam que a carcaça casada da vaca valorizou 4% entre 21 e 28 de julho no atacado da Grande São Paulo. Para o boi gordo, o Indicador ESALQ/BM&FBovespa (à vista, com Funrural - CDI, São Paulo) subiu 1,6% no mesmo período, fechando a R$ 85,49.

Mercado - Carne Suína

Mercado Externo

Segundo números do Secex/MDIC, o Brasil arrecadou US$ 99,7 milhões com as exportações de carne suína in natura em julho, sofrendo uma queda de 8% em relação à receita de junho, que foi de 108,4 milhões. O volume total de carne suína embarcado ficou em 38,2 mil toneladas, com média diária de 1,7 mil toneladas. O preço médio pago pela carne suína brasileira recuou. Em julho, o produto in natura foi negociado a US$ 2.610 por tonelada, contra US$ 2.623 por tonelada em junho. No comparativo com julho de 2009, em receita com exportações ocorreu alta de 9%, com queda de volume, porém com aumento do valor por tonelada de 20%.

Mercado Interno         

O mês de julho encerrou com a cotação estável, mantendo a sustentação de mercado no período. As alterações positivas que o mercado apresentou no mês de julho trouxeram ao suinocultor maior estabilidade no volume de vendas de suínos. No Paraná, segundo a Associação Paranaense de Suinocultores (APS), o preço máximo praticado no estado ficou em R$ 2,40 o quilo vivo, mantendo o mesmo valor de comercialização da semana anterior, com o mercado paranaense estável para o produtor de suínos, ainda que os valores mínimos de comercialização estejam na média de R$ 2,05, uma diferença de mais de 10% em relação à máxima.

Mercado - Carne de Frango

Mercado Externo

De acordo com os dados da Secex/ MDIC, as exportações brasileiras de carne de frango in natura, atingiram um volume de 324,1 mil toneladas em julho. O resultado é 12% maior na comparação com o mesmo mês de 2009. Em termos de volume, esse foi o melhor resultado do ano e dos últimos 24 meses. Já a receita, com incremento também significativo, só não foi a melhor (em 24 meses) que as registradas em agosto e setembro de 2008 (US$605,3 e US$578,3 milhões, respectivamente).

Mercado Interno         

O mês de julho encerra com o mesmo preço registrado logo no início de 2010 - R$1,60/kg. Isso não se considerando o fato de que a similaridade de remuneração é apenas nominal, pois não considera a inflação acumulada no período o que leva à conclusão de que não ocorreu, ganho nem perda. Mas não é exatamente assim. Pois ainda que o frango vivo tenha obtido, no mês, uma valorização de 16% sobre o mês anterior (preço médio subindo de R$1,35/kg em junho para R$1,57/kg em julho), o valor mais recente permanece, nominalmente, um centavo aquém da média alcançada no primeiro mês de 2010 (R$1,58/kg em janeiro), além de encontrar-se cerca de 13% aquém do valor médio recebido pelo produtor em julho de 2009. (fonte: AviSite)

Mercado - Leite

Em junho, o Índice de Captação de Leite do Cepea (ICAP-L/Cepea) aumentou 3,43% em relação ao mês anterior - este índice considera de forma ponderada as produções dos estados de RS, PR, SP, MG, GO e BA. O crescimento da oferta foi maior no Rio Grande do Sul, onde chegou a 11,07% de maio para junho, e no Paraná, de 6,49%. No Rio Grande do Sul, o aumento atual foi o maior para o período desde 2006. No primeiro semestre do ano, o ICAP-L/Cepea aponta que o volume recebido por laticínios/cooperativas dos seis estados desta pesquisa foi 4,34% maior que o do mesmo período de 2009, mas ainda 2,4% menor que o acumulado em igual período de 2008.

De acordo com agentes do setor consultados pelo Cepea, o clima nos estados do Sul entre maio e junho favoreceu o desenvolvimento de pastagens de inverno e, com isso, a produção de leite. Entretanto, a partir de meados de julho, a chegada de uma frente fria de maior intensidade aliada às chuvas limitou a produção de leite em algumas regiões, principalmente no sul do Rio Grande do Sul. Assim, espera-se que em julho o índice de captação de leite diminua em algumas partes do Sul.

Quanto ao preço pago aos produtores, houve nova redução em julho (referente à produção entregue em junho). Agora, a queda foi de 6,16%, equivalente a 4,7 centavos por litro, com a média bruta a R$ 0,7242/litro. Esse valor passa, então, a representar queda de 6,17% em relação à média nominal do mesmo período de 2009 e de 3% sobre a de julho de 2008. A média nacional do preço do leite considera os estados de RS, PR, SC, SP, MG, GO e BA. Além do aumento da produção na média dos estados, agentes consultados pelo Cepea destacam também a influência da fraqueza do mercado de leite UHT, das elevadas importações e do fraco desempenho das exportações. (Fonte:Cepea)

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