Indústrias de soja atrasam a retomada das atividades
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Oferta reduzida - O motivo para tal cenário é uma disponibilidade menor de soja no pico da entressafra, dado que as exportações ao longo do ano passado estiveram aquecidas, reduzindo a oferta no período de entressafra. A perspectiva é de que as atividades deverão voltar ao ritmo normal apenas no final da primeira quinzena de fevereiro, quando as primeiras lavouras começam a ser colhidas. As recentes chuvas que atingiram as regiões produtoras atrasaram a colheita, já que as máquinas não conseguem ir para o campo. "Esperávamos pela colheita da safra de soja precoce, mas as chuvas estão atrapalhando muito. Só vamos conseguir voltar quando a colheita começar", afirma Resende. No Brasil, a soja precoce começa a ser colhida na primeira quinzena de janeiro, enquanto o forte da produção nacional sai das lavouras a partir da segunda quinzena de fevereiro e início de março.
Abiove e Ocepar - A própria Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove) reconhece que as chuvas intensas podem causar atraso na colheita e conseqüentemente afetar o esmagamento. A entidade prevê que a entressafra desse ano possa se prorrogar por pelo menos 15 dias. Se por um lado as indústrias privadas encontram dificuldades em obter soja em grão para processar na entressafra, as esmagadoras das cooperativas do Paraná praticamente não pararam. "As cooperativas tiveram uma disponibilidade maior de soja, já que os produtores retiveram seus produtos nas cooperativas de cada região", afirma Flávio Turra, da Organização das Cooperativas do Estado do Paraná (Ocepar). O técnico paranaense informa que é comum as indústrias suspenderem suas atividades entre 20 e 30 dias, mas que as cooperativas tiveram forte demanda. (Fonte: Gazeta Mercantil)