GRUPO DE CARNES APOIA BRASIL CONTRA FARM BILL

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O governo obteve a adesão dos países que integram o chamado Grupo de Cairns ? os maiores exportadores agrícolas mundiais, entre os quais África do Sul, Argentina, Austrália, Brasil, Canadá, Chile, Colômbia, Fiji, Filipinas, Indonésia, Malásia, Nova Zelândia, Paraguai, Tailândia e Uruguai ? contra o aumento de subsídios concedidos pelos Estados Unidos, por meio da nova lei agrícola americana, a Farm Bill. Segundo o ministro da Agricultura, Marcus Vinícius Pratini de Moraes, deverá ser emitido um comunicado pelo Grupo, em Roma, condenando a política agrícola americana. O documento também fará um alerta sobre impacto que o aumento de 80% nas subvenções, por meio da nova Farm Bill, terá sobre os países mais pobres. Em entrevista por telefone à Agência Estado, de Roma, onde participa da Cúpula Mundial da Alimentação, promovida pela Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO), Pratini disse que há praticamente consenso entre os integrantes do Grupo de Cairns de que a política agrícola americana também poderá comprometer a continuidade das negociações no âmbito da Organização Mundial do Comércio (OMC) para obter maior liberalização no comércio mundial.

Reflexos nas negociações da OMC - ??A manifestação do Grupo de Cairns é muito importante porque reflete uma posição firme frente às políticas agrícolas sustentadas em altas subvenções??, afirmou. Os representantes da maior parte dos 18 países agrícolas que formam o Grupo de Cairns (Brasil, Argentina, Canadá, Austrália, Venezuela, Colômbia e África do Sul, entre outros) aproveitaram a reunião de Cúpula da FAO, que começou ontem, para fazer um encontro paralelo e discutir seus interesses tendo em vista o aumento dos subsídios agrícolas pelos EUA e o seu reflexo no andamento das negociações da OMC. Pratini informou que o Grupo aproveitará a oportunidade para discutir esses temas diretamente com a secretária de Agricultura dos EUA, Ann Venemam, que também se encontra em Roma para participar do encontro das Nações Unidas. Segundo o ministro, os países agrícolas querem uma ação mais efetiva da FAO em relação à política agrícola dos países ricos, especialmente contra os programas internos de apoio à produção e à exportação.

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