Gripe das aves volta à Ásia e preocupa o Brasil

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O ressurgimento da epidemia de influenza aviária em países da Ásia - na quinta-feira, a Tailândia divulgou a descoberta de casos da doença em mais duas províncias do país, elevando para 10 o número de províncias afetadas -, está preocupando o setor avícola brasileiro. Na quinta, representantes de associações de produtores do país se reuniram, na União Brasileira de Avicultura, para discutir uma proposta técnica de regionalização da doença no Brasil, que será apresentada ao Ministério da Agricultura. A intenção, com a medida é evitar que todo o país seja afetado por embargos no caso da eventual detecção da doença num Estado brasileiro. A regionalização valeria ainda para a doença de Newcastle.

Regionalização - Domingos Martins, presidente do Sindiavipar (entidade que reúne abatedouros paranaenses), a regionalização se justifica porque o Brasil é um país continental e a fiscalização da doença não é uniforme. Segundo ele, a proposta - que será discutida com a área de sanidade nos Estados - prevê mais do que a regionalização e sim a "estadualização" das doenças. A proposta prevê o reforço da vigilância entre os Estados. "Se necessário, criaremos um fundo para financiar [a medida]", disse. Ele lembrou que a regionalização já é aceita no caso da aftosa. O temor é que se uma dessas doenças surgir em aves num estado que não vende ao mercado externo, estados exportadores, como os do Sul, fiquem impedidos de vender. A influenza e a doença de newcastle são transmitidas, geralmente, por aves migratórias. No país, as regiões de migração são Amapá, Pará, lençóis maranhenses, costa do Nordeste e Rio Grande do Sul. (Valor Econômico)

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