Governo poderá criar força tarefa para combater roubo de defensivos
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Durante audiência realizada na manhã desta quinta-feira (24), com o secretário de Segurança Pública, Luiz Fernando Delazari e com o vice-governador e Secretário de Agricultura, Orlando Pessuti, o presidente do Sistema Ocepar, João Paulo Koslovski manifestou sua preocupação com o aumento de registro de roubos de insumos agrícolas, assim como assaltos nos postos de atendimento de cooperativas de crédito. O fato principal que motivou esta reunião foi assalto ocorrido na madrugada desta quarta-feira (24), na cooperativa Coagru, em Ubiratã, quando aproximadamente 20 homens armados e encapuzados invadiu sua sede, renderam os seguranças e, utilizando uma carreta, levaram cerca de R$ 1,5 milhão em produtos.
Força tarefa – Tanto o secretário Delazari como o vice-governador ficaram apreensivos com este episódio e disseram que o governo do Paraná vai criar, nos próximos dias, uma força-tarefa para coibir esses problemas. Segundo o secretário da Agricultura, essa é uma preocupação constante por parte do governo estadual. “Vamos intensificar os trabalhos da nossa polícia especializada para rastrear essas atividades ilícitas. Além disso, vamos reunir as cooperativas, os sindicatos rurais, a Ocepar, a Faep, os técnicos do setor de fiscalização para que, de forma conjunta, nos auxiliem a identificar o uso dos lotes dos defensivos agrícolas nas lavouras. Devemos atuar nas duas pontas. O agricultor também pode nos ajudar evitando a compra de produtos de origem suspeita”, afirmou Pessuti.
Cope - O secretário de Segurança discutiu também as reivindicações dos representantes do setor agrícola e determinou que o Centro de Operações Policiais Especiais (Cope) centralize as investigações sobre os crimes que afetam os agricultores paranaenses, principalmente roubo de insumos e maquinários agrícolas. “É uma estrutura criminosa organizada que será combatida pela elite da Polícia Civil do Paraná. Lutaremos contra esses tipos de crimes com ações específicas e usando da área de inteligência da polícia”, disse. Também será avaliada a possibilidade de patrulhamento preventivo próximo às agências bancárias, em horas de coletas e malotes, e nos finais de expedientes.
Números - Para o presidente da Ocepar, João Paulo Koslovski, a reunião foi positiva, afinal, tanto o secretário Delazari como o vice-governador Orlando Pessuti ficaram preocupados com os números apresentados no encontro. “Apresentamos alguns números, como por exemplo que desde janeiro de 2002 até a presente data, foram roubados das cooperativas cerca de R$ 5,8 milhões, fatos estes que geram insegurança para o desempenho da atividade rural. Ficamos satisfeitos com a possibilidade do governo criar esta força-tarefa e nos colocamos a disposição para auxiliar naquilo que for possível para interromper esta seqüência de assaltos e roubos às cooperativas e aos produtores rurais”, lembrou.
Esperança – Para o presidente da Coagru, Áureo Zamprônio, que também participou da audiência, este não foi o primeiro episódio envolvendo a cooperativa, só que desta vez assustou devido ao tamanho da operação criminosa. Para o dirigente, com certeza são pessoas ligadas ao crime organizado, especialistas. “Temos esperança em reaver estes produtos, afinal, nossa cooperativa é pequena e o valor que nos foi roubado representa muito, por isso contamos com o apoio das cooperativas co-irmãs para que, em caso de qualquer suspeita, sobre a comercialização destes produtos, que nos informem ou a própria Ocepar”, lembra. A Ocepar enviou ontem (23) para todas as cooperativas do estado do Paraná a relação detalhada com o nome e o número dos lotes dos produtos furtados na Coagru. Também participaram desta audiência, o sub-comandante do batalhão da Polícia Rodoviária no Paraná, major Eduardo Tachibana, o presidente da cooperativa Batavo, Frank Dijikstra, o produtor Richard Dijikstra, o técnico Antonio Campos e o assessor de imprensa do Sistema Ocepar, Samuel Milléo Filho.