Governo paulista se interessa pelo programa do arenito paranaense
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Antonio Nogueira Duarte Júnior, secretário da Agricultura e do Abastecimento do Estado de São Paulo, visita nesta quinta-feira (19) a Cocamar em Maringá, quando faz uma visita oficial à cooperativa para inteirar-se do potencial de aproveitamento dos solos arenosos para a exploração agrícola. No ano passado, o presidente da Cocamar, Luiz Lourenço, esteve em São Paulo com o governador Geraldo Alkmin e o secretário Nogueira Duarte para apresentar a realidade do Noroeste paranaense, onde 2 milhões de hectares, ocupados em grande parte por pecuária de baixo retorno econômico,podem ser incorporados à agricultura. Só na última safra de verão, cerca de 350 mil hectares já eram cultivados, com avanço de 30%, em média, nos últimos anos.
Reconversão - Os solos de arenito caiuá estendem-se por grande área do Estado de São Paulo e também do Mato Grosso do Sul e, a exemplo do que ocorre no Paraná, destinam-se a pastagens extensivas. O objetivo do secretário paulista é desenvolver um programa semelhante ao que vem ocorrendo no Paraná, e que começou no final dos anos 90 pelo município de Umuarama. No arenito, a pesquisa do Instituto Agronômico do Paraná (Iapar) desenvolveu toda a tecnologia apropriada para este tipo de solo, onde a agricultura deve ser implementada com práticas conservacionistas, como o plantio direto. Pelo histórico das últimas safras no arenito, a produtividade das lavouras de soja, principalmente, não fica nada a dever às da terra roxa. A camada de palha mantém o solo fresco mesmo sob altas temperaturas, o que garante maior possibilidade de sobrevivência às plantas quando de veranicos. Incluindo os 2 milhões de hectares de arenito caiuáno Paraná, os Estados de São Paulo e Mato Grosso do Sul responderiam por outros 5 milhões de hectares