Governo Federal libera recursos para portos
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O presidente Luiz
Inácio Lula da Silva liberou R$ 57 milhões em recursos adicionais
para solucionar os gargalos do setor portuário brasileiro. Medida Provisória
publicada em edição extra do Diário Oficial que circula
hoje deflagra a primeira etapa da chamada Agenda Portos, conjunto de ações
que visa a melhorar a operação de 10 dos 54 portos brasileiros,
a fim de garantir o melhor escoamento da produção agrícola
e favorecer o fluxo de exportações do país. Nos próximos
dois anos, o governo federal investirá mais R$ 220 milhões nos
portos. Entre os 11 portos selecionados pelo governo federal, apenas o de Itajaí
deixará de receber verbas da União neste momento. Técnicos
do governo detectaram a necessidade de investimentos de R$ 6 milhões
para melhorar o desempenho desta unidade portuária, mas a injeção
desses recursos depende da solução de problemas junto ao Tribunal
de Contas da União. A administração do porto de Itajaí
está delegada à prefeitura daquele município.
Força-tarefa - Dos R$ 57 milhões que serão
investidos até dezembro, R$ 33 milhões serão executados
pelo Departamento Nacional de Infra-Estrutura de Transportes (DNIT) - em obras
para melhorar o acesso aos portos - e R$ 29,5 milhões pelas Companhias
Docas, sociedades de economia mista vinculadas ao Ministério dos Transportes,
responsáveis pela administração dos terminais portuários.
A análise da operação portuária no Brasil é
resultado do trabalho de uma força tarefa interministerial criada pelo
governo para realizar um diagnóstico dos 11 principais portos do País.
Chamada "Agenda Portos", a iniciativa inédita teve como objetivo
levantar aspectos legais, institucionais e operacionais que estejam comprometendo
as atividades portuárias e apontar soluções - de curto,
médio e longo prazos - que possam ser implementadas até 2006.
Foram detectados problemas operacionais nos portos de Rio Grande (RS), Paranaguá
(PR), Vitória (ES), Rio de Janeiro (RJ), Santos (SP), Itajaí (SC),
São Francisco do Sul (SC), Sepetiba (RJ), Salvador (BA), Aratu (BA),
e Itaqui (MA); que, juntos, respondem por 89% das exportações
brasileiras.
Problemas - Equipes da força tarefa visitaram as 11
instalações portuárias e conversaram com todos os atores
envolvidos com o setor (empresários, administrações portuárias,
governos estaduais e municipais, trabalhadores e usuários), identificando
problemas e buscando soluções para facilitar as operações.
Falta de dragagem, congestionamentos de trens e caminhões e até
mesmo aspectos gerenciais estão entre os principais gargalos apresentados
pelos terminais portuários brasileiros. A implementação
das medidas relacionadas à gestão e legislação já
está em andamento. Além das ações específicas
para cada porto, um conjunto de medidas administrativas - como a integração
dos sistemas de informações, criação de centros
administrativos únicos e áreas cobertas para fiscalização
do Ministério da Agricultura, padronização dos procedimentos
dos agentes de fiscalização e contratação de recursos
humanos - serão implantadas em todos os 11 terminais portuários
e receberão R$ 16 milhões em investimentos.