Governo estuda medidas para expandir setor de cana-de-açúcar do Paraná
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O presidente da Associação dos Produtores de Álcool e Açúcar do Estado do Paraná (Alcopar), Anísio Tormena, acompanhado de outros 15 produtores de cana-de-açúcar, apresentou nesta terça-feira (06) um projeto para a expansão da atividade no Estado. "O Paraná é hoje o segundo produtor brasileiro de açúcar, mas isso não significa estar perto de São Paulo, que produz 11 milhões de toneladas de açúcar por ano. Mas nós temos tudo para aumentar a nossa produção, porque nossas usinas são melhores e mais modernas", afirmou o governador. Entre as medidas para o desenvolvimento do setor, Requião pediu uma avaliação para a Secretaria da Fazenda sobre a possibilidade de reduzir de 18% para 12% o ICMS cobrado sobre a produção de álcool combustível. Segundo o governador, foi definido um grupo de trabalho e em poucos dias analisará qual é a possibilidade da revisão do ICMS do álcool combustível. "Mas só haverá revisão do impostos se isso tire da informalidade um número grande de produtores e signifique uma diminuição sensível do preço do álcool para o motorista", declarou o governador.
Terminal líquido
- Requião ainda se comprometeu em viabilizar a construção
de um terminal líquido no Porto de Paranaguá, por meio de uma
Parceria Público-Privada (PPP). Estimativas da Alcopar calculam que o
terminal seja construído por R$ 14 milhões. Na próxima
segunda-feira (12), o superintende do Porto de Paranaguá, Eduardo Requião,
vai receber membros da Associação para discutir o projeto. Para
2004, a previsão do setor no Paraná é colher 28 milhões
de toneladas de cana-de-açúcar, que serão transformadas
em 1,1 bilhão de litros de álcool e 1,8 milhões de toneladas
de açúcar. Segundo Tormena, a atividade atualmente gera no Estado
16 mil empregos diretos, 48 mil indiretos e ocupa 150 mil hectares. Com o programa
de expansão, a área cultivada passará para 330 mil hectares
e mais de 70 mil empregos diretos e 500 mil indiretos surgirão. De acordo
com Tormena, sem o terminal líquido no Porto de Paranaguá não
há como aumentar a produção, por falta de lugar para armazenar
o etanol. "Já temos instalações próprias para
o embarque de açúcar. Agora, precisamos ter como estocar o álcool",
afirmou. Para esse ano, a Alcopar calcula que 200 milhões de litros de
álcool industrial serão exportados para a Comunidade Européia
e países de Ásia. Apesar do principal objetivo do programa de
expansão ser o incremento das exportações, Tormena reforça
que o mercado nacional é a prioridade dos produtores paranaenses. "O
mercado internacional tem que ter a segurança que o abastecimento será
contínuo, mas o Brasil é a nossa 'menina dos olhos'. Mas temos
recursos naturais e financeiros para crescer e atender os dois", afirmou.
(Fonte: Agência Estadual de Notícias)