Governo destina R$ 44,35 bilhões para o plano agrícola e pecuário
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O governo federal
destinará R$ 44,35 bilhões para o Plano Agrícola e Pecuário
2005/06, o que representa um acréscimo de 12,4% sobre o valor programado
para a safra passada. O anúncio foi feito na sexta-feira (24/06), em
São Paulo, pelo ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento
(Mapa), Roberto Rodrigues. Do total, R$ 33,2 bilhões vão para
o financiamento do custeio e comercialização da produção,
superando em 15,5% o montante previsto em 2004/05. Desses recursos, 63% terão
juros controlados, com um aumento de 18% sobre a temporada anterior. Os recursos
para investimentos tiveram um incremento de 4,2% sobre 2004/05, chegando a R$
11,15 bilhões. De acordo com Rodrigues, os programas de financiamento
coordenados pelo ministério, com verba do Banco Nacional de Desenvolvimento
Econômico e Social (BNDES), terão mais de R$ 9 bilhões em
2005/06, com um aumento de 5,2% sobre o período anterior. O Moderfrota
contará com R$ 5,5 bilhões para financiar a compra de máquinas.
Encargos não mudam - O ministro ressaltou ainda que
os encargos financeiros das linhas de crédito serão os mesmos
fixados para a safra 2004/05. A política de manutenção
dos juros fixos para o financiamento rural, adotada pelo governo Lula, representa
uma conquista da agricultura brasileira, pois há uma escalada da taxa
básica, afirmou Rodrigues. Nas últimas três safras, o montante
para o crédito rural cresceu 61% e atingirá um recorde em 2005/06.
Nesse período, a verba para os investimentos agrícolas aumentou
79%. Os produtores que adotarem práticas de preservação
ambiental, rastreabilidade animal e de integração lavoura-pecuária
poderão ter recursos adicionais de 15% e limites independentes entre
o custeio agrícola e o pecuário, acrescentou o secretário
de Política Agrícola, Ivan Wedekin, que acompanhou o anúncio
do plano safra. O governo manteve os mesmos limites de adiantamento de crédito
por tomador da safra 2004/05.
Correção de preços - O Plano Agrícola e Pecuário também prevê a correção dos preços mínimos do alho, arroz, castanha de caju e do Pará, cera de carnaúba, feijão macaçar, guaraná, juta, milho, malva, pó cerífero de carnaúba e sisal, Conforme o secretário, o reajuste dos preços procura ampliar o apoio às culturas das regiões Norte e Nordeste e incentivar o plantio de mamona, visando contribuir para o programa de produção de biodiesel. Somando-se os R$ 44,35 bilhões aos R$ 9 bilhões destinados à agricultura familiar, o governo Lula disponibilizará R$ 53,35 bilhões para o financiamento, custeio e comercialização da safra 2005