Goiás pode adotar exemplo do Conseleite Paraná

Entendimento entre produtores rurais e indústrias, alternativas justas para remuneração da matéria-prima (leite), redução de conflitos, desenvolvimento sustentável do segmento, melhoria da qualidade do alimento in natura e industrializado. Esta é a realidade vivida por produtores de leite e indústrias no Paraná após a implantação do Conseleite estadual. Por causa desses avanços, Goiás estuda a implementação desse mesmo sistema naquele estado do centro-oeste brasileiro. Recentemente, um grupo técnico goiano (composto por representantes da Secretaria de Agricultura de Goiás, Universidade Federal, Cooperativa Centroleite, Comissão Técnica de Bovinocultura de Leite da Faeg e Sindileite Goiás) esteve em Curitiba colhendo subsídios sobre a solução encontrada pelos paranaenses.

Relacionamento - Os visitantes ficaram entusiasmados ao constatarem que os dois setores (produtores e industriais) desenvolvem relações harmoniosas e produtivas. A melhoria no relacionamento – antes marcada por acusações mútuas – permite planejar a produção, dando estabilidade aos dois integrantes da cadeia produtiva leiteira. Os problemas são solucionados sempre de forma paritária e conjunta. Foi estabelecida uma metodologia para o cálculo de preços de referência à matéria-prima (leite) a partir da variação dos preços médios de comercialização dos derivados pelas indústrias.

Transparência - Assim, existe transparência no mercado lácteo paranaense mediante permanente divulgação de preços médios de comercialização do leite e seus derivados, calculados a partir de metodologia aprovada por um conselho paritário. Os custos são calculados pela Universidade Federal do Paraná. O Conseleite é integrado por 11 membros e igual número de suplentes representantes dos produtores rurais indicados pela Faep – Federação da Agricultura do Paraná. Os industriais dispõem da mesma representação numérica indicada pelo Sindileite– Sindicato da Indústria de Laticínios e Produtos Derivados do Paraná. (Faep)