Globo destacou cooperativismo de crédito
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O socorro da cooperativa - " No caso dessa empresa - continua a
reportagem - o segredo é que, quando precisam de dinheiro, os funcionários
não procuram o banco. Eles batem à porta da cooperativa de crédito.
Na sala, que fica dentro da empresa, os 1.200 funcionários associados
conseguem empréstimos com taxa de juros de 1,74% ao mês. Se fossem
recorrer aos bancos, a taxa não sairia por menos de 6%. E há outras
vantagens: não é preciso de avalista, o empréstimo pode
ser parcelado em até 36 meses e os juros incidem apenas sobre o saldo
devedor. "Nossa finalidade é poder estar emprestando para o máximo
de pessoas possível, a uma taxa baixa, para que as pessoas possam estar
realizando seus desejos de consumo ou cobrindo dívidas", explica
o presidente da cooperativa, Luiz Vespoli. Cada associado contribui com 2% do
salário por mês. O dinheiro vai para o fundo de empréstimos.
O valor das contribuições fica registrado no nome do empregado.
Se sair da empresa, ele recebe todo o dinheiro corrigido, como em uma poupança.
Democratização do crédito - A matéria trouxe o depoimento do presidente da Confederação Brasileira Das Cooperativas de Crédito, Manoel Messias, que defendeu o incentivo do governo ao setor: "Você democratiza o crédito. Hoje temos um movimento ao contrário: os grandes bancos drenam os recursos financeiros das pequenas comunidades, para emprestar para o próprio governo ou para aplicar financeiramente. Ao passo que se você tiver um sistema bastante desenvolvido de crédito cooperativo, você mantém o recurso na origem, promovendo o desenvolvimento daquela sociedade", frisou. Hoje existem 1.400 cooperativas no país, que juntas movimentam R$ 8 bilhões e beneficiam 1,5 milhão de pessoas. Nos EUA, são 11 mil cooperativas e 88 milhões de associados.