Gaúchos ajudam fiscalização de fronteiras de SC com PR

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O Rio Grande do Sul irá enviar reforço para a fiscalização sanitária da divisa de Santa Catarina com o Paraná. Dez equipes móveis compostas por 20 auxiliares e 10 veterinários do efetivo da Secretaria da Agricultura e do Ministério da Agricultura se deslocarão para o Estado catarinense amanhã. O controle será debatido hoje à tarde entre os governadores do RS, Germano Rigotto, e de SC, Luiz Henrique da Silveira, em Florianópolis. De acordo com o diretor do Departamento de Produção Animal, Antônio Ferreira Neto, o acerto foi feito no sábado entre os secretários da Agricultura do RS, Odacir Klein, e de SC, Moacir Sopelsa. "Essas equipes ajudarão na fiscalização e ainda permitirão a troca de informações sobre o trabalho realizado", diz Sopelsa.

Controle - A medida busca reforçar o controle e barrar o avanço do vírus. Caso contrário, o risco para o RS aumentaria muito, alerta o superintendente do Mapa no RS, Francisco Signor. Segundo ele, as equipes serão deslocadas da região da Fronteira com o Uruguai e com a Argentina. "Precisamos concentrar as ações na região de risco e agora ele está no Paraná." No final de semana, o RS definiu novo calendário de vacinação. A imunização ocorrerá para todo o rebanho bovino e bubalino em novembro e o reforço para terneiros de até 24 meses tem previsão para maio de 2006. Antes, a aplicação da vacina era programada para janeiro e fevereiro e o reforço em maio. "A modificação tem como objetivo a coincidência com os demais estados", explica Ferreira Neto. A ação estava preparada para vigorar em 2006, mas foi antecipada pela aftosa. A SAA solicitará autorização para compra de 14 milhões de doses, das quais 5 milhões serão doadas.

Exagero - O Governo do Paraná considera “exageradas” as restrições impostas por quatro estados aos produtos de origem animal procedentes de seu território. A crítica foi feita ontem (23/10) pelo secretário de Agricultura e Abastecimento Orlando Pessuti, ao comentar as medidas adotadas sábado e ontem por São Paulo, Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Rio de Janeiro aos produtos de origem animal do Paraná em conseqüência da suspeita de um surto de febre aftosa no Estado. A suspeita, que envolve 19 animais comercializados no início do mês na Eurozebu, realizada em Londrina, foi formalizada sexta-feira.

Bloqueio – “Não é possível que produtos industrializados sejam barrados nas fronteiras”, queixou-se Pessuti, afirmando já ter solicitado aos secretários de Agricultura dos quatro estados que as restrições sejam atenuadas. “Carne industrializada e leite longa vida e em pó já foram suficientemente imunizados, não há, portanto, motivo para que não possam entrar nesses estados”, disse o secretário. Dezenas de caminhões com esses produtos, segundo ele, estão bloqueados na fronteira do Paraná com os estados vizinhos. Pessuti queixou-se também do tratamento desigual dado por São Paulo ao Paraná em relação ao Mato Grosso do Sul, onde se registrou o primeiro foco da doença. “São Paulo abriu um corredor para que o Mato Grosso do Sul pudesse exportar sua carne, por que o mesmo não está sendo feito com o Paraná, onde ainda não foi confirmada a presença do vírus da aftosa, e sim apenas a suspeita do vírus?”, perguntou o secretário. (Correio do Povo e Hoje em Dia)

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