Gallassini lança negociação dos contratos futuros na bolsa de Chicago
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O presidente da Coamo, Aroldo Gallassini lançou oficialmente na Bolsa
de Chicago, na última sexta-feira (20), a negociação dos
contratos futuros da soja sul-americana. Gallassini foi especialmente convidado
pelo presidente da Bolsa de Chicago, Charles Carey, quando de sua visita a Coamo
no ano passado, para este ato histórico. A bolsa pretende estimular empresas
e produtores do Brasil e Argentina a utilizarem o contrato, com o argumento
de que ele reproduz com mais fidelidade a realidade local de preços.
Trata-se do primeiro contrato agrícola da bolsa que prevê entrega
física da mercadoria fora dos Estados Unidos: nos portos de Santos (SP)
e Paranaguá (SP). A bolsa estuda lançar também contratos
de óleo e farelo sul-americano.
Importância e aprendizado - Gallassini afirmou que o lançamento dos contratos trata-se de um aprendizado inicial que se tem, e que do contrato sul-americano tinha uma importância muito grande. “Hoje nós operamos pouco em Chicago, poucas empresas brasileira se sul-americanas de modo geral operam em Chicago. Esses contratos são feitos geralmente pelas multinacionais. E agora, com o lançamento do contrato, muitos produtores empresários agrícolas estruturados, pequenas empresas e cooperativas, e as grandes passam a operar com muito mais intensidade através desses contratos”.
Estruturação – Respondendo à pergunta feita pela apresentadora da rede de televisão, o presidente da Coamo afirmou que os corretores, as grandes empresas e cooperativas têm que se estruturar para operar neste contrato e os bancos têm que criar linhas de crédito para poder fazer as coberturas em Chicago. Estimou que em dois ou três anos haverá um crescimento muito grande desse tipo de contrato. Sobre a influência do fato histórico na rentabilidade do negócio brasileiro, Gallassini afirmou que a cadeia da soja passa a operar num mercado mais real. Também avaliou a situação do memento do mercado da soja, onde as lavouras foram implantadas com o dólar sendo cotado a R$ 3,20, caindo para R$ 2,45 , R$ 2,46”. “Houve um custo de produção muito elevado e agora a venda da produção ocorre a um dólar muito baixo. O impacto é muito grande, os produtores acabaram ficando descapitalizados ou endividados por causa dessa variação”.
Expectativa – “Nós achamos que na próxima safra terá uma estabilidade em termos de área plantada, por causa dos problemas que ocorreram no Brasil. Esperamos que os custos de produção sejam normais, em nível que permita competir no mercado já que a Bolsa de Chicago reflete a média dos últimos dez anos, em níveis de US$ 6,20 , US$ 6,40. Se tivermos um custo mais baixo vamos poder competir normalmente, como sempre vínhamos competindo”, comentou o presidente da Coamo a respeito das perspectivas para a nova safra de soja.