FÓRUM FUTURO 10 PARANÁ: Empreendedorismo distingue região de Londrina
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Para os 650 participantes do fórum, vocação para novos negócios é ponto forte de Londrina e região e o empreendedorismo será a mola propulsora para o seu desenvolvimento na próxima década. O espírito empreendedor da população foi um dos aspectos positivos da região mais citados nos debates realizados ontem, em Londrina, durante a segunda etapa do Fórum Futuro 10 Paraná – uma iniciativa das entidades, dentre elas, a Ocepar, com apoio da Rede Paranaense de Comunicação (RPC) em parceria com diversas instituições. Cerca de 650 lideranças de 55 municípios da região reuniram-se para discutir projetos para o crescimento do estado nos próximos dez anos. Além do empreendedorismo, a participação popular e as parcerias entre as entidades e instituições foram apresentadas pelos participantes do fórum como pontos fortes da região.
Grupos de trabalho - As lideranças foram divididas em grupos de trabalho que discutiram 11 temas diferentes. Em uma das etapas dos debates, os participantes tiveram de escolher os fatores positivos e experiências de sucesso dos municípios que deveriam ser mantidos e incentivados. O empreendedorismo apareceu em diversos grupos. Essa característica era esperada em áreas como comércio, indústria e pesquisa. No entanto, ela também foi citada em outros temas, como educação e cultura. “Pessoas de todas as regiões e de outros estados do país vêm até o Norte do Paraná para construir as suas vidas”, disse Roberto Mucci, da Associação de Artesanato de Londrina, que participou do grupo que discutiu comércio, serviços e turismo. “Elas estão aqui para vencer, o que faz florescer o espírito empreendedor”.
Educação e cultura - No grupo de educação e cultura, o empreendedorismo apareceu como uma característica dos educadores. “A escola desperta esse espírito nos alunos, que é um diferencial e tem que ser mantido”, diz o coordenador administrativo do Senai de Arapongas, Wagner Rodrigo Agostinho. “Essa garra se impregna no povo e afeta o modo de agir em todas as áreas da vida das pessoas daqui”, complementou a diretora do Museu de Arte de Londrina, Sandra Jóia. Essa característica foi percebida logo no início do encontro. A coordenadora de Desenvolvimento Organizacional da Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep), Ilma Barros, disse que os participantes da etapa de Londrina tiveram uma atitude voltada para a ação. “Percebe-se na Região Norte a vontade de fazer acontecer”, observou.
Fazer acontecer - Essa vontade de “fazer acontecer” citada por Ilma também foi traduzida na importância dada para a participação popular na tomada de decisões e de parcerias entre a sociedade civil e o poder público. O economista Sinival Pitaguari, que participou do grupo que discutiu política, falou que a mobilização popular é um forte instrumento de transformação.Essa mobilização em torno de um objetivo comum também é aplicada na iniciativa privada. Além do cooperativismo e associativismo, comuns em diversas áreas produtivas da região, as parcerias entre entidades e instituições, públicas e privadas, são fatores que favorecem o desenvolvimento. “A união da diversidade aumenta a força política e faz com que sejamos ouvidos”, disse o presidente do Sindicato Rural de Londrina, Luiz Fernando Kalinoswski. Baseado na metodologia Investigação Apreciativa, o fórum procura detectar conquistas e potencialidades e descobrir de que forma elas ajudarão a construir o futuro. As propostas levantadas em Londrina serão apresentadas da etapa final do fórum, que será realizada em Curitiba, no dia 10 de novembro. A idéia é elaborar um plano estratégico para o desenvolvimento sócio, econômico e cultural do Paraná nos próximos dez anos.