FORMAÇÃO INTERNACIONAL: Debates sobre cooperativismo italiano encerram primeiro módulo

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Os 23 integrantes da quarta turma do Programa Internacional de Formação de Executivos e Líderes Cooperativistas encerram, nesta sexta-feira (02/09), em Curitiba, o primeiro módulo da capacitação que visa propiciar aos participantes uma visão internacional de negócios, com base na experiência do cooperativismo de outros países. Durante toda a semana, o grupo formado por dirigentes de cooperativas do Paraná e profissionais da Ocepar, Sescoop/PR, Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB) e do Sebrae/PR teve aulas com profissionais de instituições renomadas da Alemanha, Canadá e Argentina. Nesta sexta, Riccardo Gefter Wondrich, do Parque Tecnológico Padano, está discorrendo sobre o cooperativismo italiano. Ele acompanha o Programa Internacional de Formação desenvolvido pela Ocepar e Sescoop/PR em parceria com o Sebrae desde a primeira turma, iniciada em 2008. Segundo Riccardo, o empenho dos participantes em obter conhecimento faz com que a iniciativa seja bem sucedida.  

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Seriedade - “Lembro-me que, no início, a Ocepar planejou executar um programa de três anos de formação que contemplasse três turmas. Agora, estamos no primeiro ano da quarta turma. Dessa forma, o que se tinha pensado em fazer foi realizado. Isso em si já indica uma forte determinação, organização, além de disponibilidade financeira. Mas, sobretudo, o que eu e todos os italianos que vieram para cá reconhecemos é essa característica do cooperativismo do Paraná existente em todos os níveis, do presidente até a base, de  possuir essa disponibilidade em aprender e levar muito a sério iniciativas como essas. É  algo muito raro ocorrer na Europa, por exemplo, ou seja, reunir diferentes pessoas que tenham uma agenda muito puxada para fazer uma semana de capacitação, imagine três anos”, disse Riccardo.  “Aqui existe uma dupla sensibilidade: uma é a de que eu preciso me capacitar porque minha empresa está crescendo, o país está crescendo e eu preciso ver o que está acontecendo no mundo. Outro ponto levado em consideração é: sei que é bom estar sentado ao lado do outro colega de cooperativa. Isso faz com que os participantes demonstrem muito interesse e há muita participação da turma durante as palestras que nós ministramos. A seriedade com que eles vivenciam esse programa é a característica do seu sucesso”, acrescentou.

 

Credibilidade – O instrutor italiano também ressaltou a credibilidade que as cooperativas paranaenses do ramo agropecuário já conquistaram e acredita que há potencial para fortalecê-la em outros ramos do setor. “No Paraná, devido à importância do setor agropecuário para a economia do Estado, todos associam o cooperativismo às grandes cooperativas agropecuárias. Isso é uma fortaleza. Percebemos que já se afirmou nas pessoas o sentimento de que o cooperativismo é uma coisa boa e que os produtos das cooperativas são iguais ou melhores que os demais. Isso não acontece em todo o mundo. Muitas vezes, as cooperativas escondem a sua natureza e os produtos delas não levam o símbolo do cooperativismo porque não é bom para as vendas. Aqui no Paraná, os produtos das cooperativas são muito fortes. Então, transferir essa marca positiva do cooperativismo para outros setores poderia ser uma vantagem interessante, mas é necessário avaliar a normativa de cada um deles porque cada país tem uma história diferente”, acrescentou.   

 

Programação – O segundo módulo da quarta turma do Programa Internacional de Formação de Executivos e Líderes Cooperativistas vai ser realizado ainda este ano, em Brasília. Depois, a formação prossegue com viagens à Itália, Alemanha e Argentina, previstas para 2012. No ano seguinte, o grupo conhece o cooperativismo norte-americano e canadense. O quinto e último módulo acontece em Curitiba, em 2013. 

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