FOLHA DE SÃO PAULO: Seca vai causar quebra de 8% na safra, afirma Stephanes
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Maior prejudicado - O ministro disse que o prejuízo em nível nacional "é suportável", mas de "alta" para as regiões atingidas. "Há 15 dias nossa previsão era um pouco menor, mas a estiagem se prorrogou", disse. O maior prejudicado, segundo Stephanes, foi o Paraná, onde 39,7% da lavoura de feijão e 37,1% da área de milho foram perdidas, de acordo com as cooperativas do Estado. Segundo Stephanes, Mato Grosso do Sul e Rio Grande do Sul também sentiram a falta de chuva.
Reivindicações - Devido à seca, representantes do agronegócio no Paraná entregaram nesta sexta-feira (16/01) reivindicações ao ministro, como aumento na concessão de crédito e prorrogação do pagamento das dívidas da atual safra. Stephanes disse que os produtores receberão pagamento de seguro, terão prazos de dívida alongados e recursos para novos cultivos. Embora com perdas expressivas, o ministro não acredita em escalada dos preços dos alimentos a serem pagos pelo consumidor.
Capacidade de recuperação - Para Stephanes, o mercado das principais commoditties agrícolas tem mostrado capacidade de recuperação. Devido aos baixos estoques internacionais de grãos e à seca nas lavouras argentinas, além de a China "ter importado [grãos] mais do que estava previsto", o Brasil, de acordo com o ministro, retomou as exportações de milho e consegue manter o preço da soja em "boas condições". O ministro disse ainda que, em até 20 dias, devem ser definidas as fontes oficiais de um financiamento extra de cerca R$ 2 bilhões para as cooperativas, a serem usados no comércio da safra. (Folha de São Paulo)