Ferrugem Asiática foi tema do Treino & Visita em Londrina

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Entre os dias 14 e 17 desta semana aconteceu no Iapar, em Londrina, mais um Treino & Visita em soja, milho e trigo com a presença de 50 técnicos de cooperativas, de instituições de pesquisa e da extensão rural. Durante os três dias foram discutidos temas diretamente ligados ao início do plantio da safra de verão, fertilidade, nutrição de plantas, resistência de plantas daninhas e pragas. Mas um assunto que despertou o interesse de todos foi com relação à ferrugem da soja - Phakopsora Pachyrhizi. Na oportunidade, a pesquisadora de Fitopatologia da Embrapa - Claudia Godoy, apresentou um importante estudo sobre os primeiros registros da doença. Segundo ela, as primeiras aparições da ferrugem foram na safra 2000/01 no continente americano especificamente no Paraguai e no Paraná. Na safra 2001/2002 a doença já se disseminou por todo o País e sem fungicidas registrados no Mapa para o controle da doença.
Na safra 2004/05, em que, o plantio inicia em outubro, há 18 produtos registrados e mais oito em fase de registro no Mapa.

Prejuízos - A doença atingiu 80% das lavouras de soja no Brasil e provocou prejuízos de US$ 2 bilhões na safra 2003/2004, a redução na produção foi de 5 milhões de toneladas, com prejuízos maiores no centro-oeste do Brasil, pois, no Paraná e Rio Grande do Sul na safra passada as condições de falta de umidade não favoreceram o aparecimento da doença.

Testes - De acordo com rede nacional de instituições de pesquisa, coordenado pelo Mapa/Embrapa, foram realizados na safra 2003/04 testes com fungicidas em todas as regiões de produção de soja no Brasil, com objetivo de verificar a eficiência de controle dos diferentes fungicidas indicados para a cultura.

Participantes - As instituições de pesquisa participantes deste estudo foram a Embrapa Soja, Embrapa Trigo, UFG, UEPG, UEL, IAC, Agência Rural, Fundação Bahia, EPAMIG, CPTA, Instituto Biológico e Fundação MT.
Os resultados encontrados estão dispostos no quadro a seguir:

Nome comum

Nome comercial

Dose/ha

Agrupamento3

G de i.a1

L ou kg de p.c2

Azoxystrobin

Priori4

50

0,20

*

azoxystrobin + ciproconazole

Priori Xtra4

60 + 24

0,30

***

ciproconazole + propiconazole

Artea

24 + 75

0,30

 

difenoconazole

Score 250 CE

50

0,20

*

epoxiconazole

Opus

50

0,40

 

pyraclostrobin + epoxiconazole

Opera

66,5 + 25

0,50

***

fluquinconazole

Palisade5

62,5

0,25

*

flusilazole + carbendazin6

Punch C.S.

100-125 + 50-62,5

0,40 a 0,50

 

flusilazole + femoxadone6

Charisma

74,69 + 70

0,70

 

flusilazole + carbendazin6

Alert

75 + 150

0,60

 

Futriafol

Impact 125 SC

62,5

0,50

***

myclobutanil

Systhane 250

100-125

0,40-0,50

**

Tebuconazole

Orius 250 CE

100

0,40

***

tebuconazole

Folicur 200 CE

100

0,50

***

tetraconazole

Domark 100 CE

40

0,40

**

tetraconazole

Eminent 125 EW

50

0,40

 

trifloxystrobin + ciproconazole

Sphere

56,2 + 24

0,30

***

trifloxystrobin + propiconazole

Stratego5

50 + 50

0,40

*

1g i.a = gramas de ingrediente ativo.
2l ou kg de p.c. = litros ou kilogramas de produto comercial.
3Agrupamento realizado com base nos ensaios na rede de instituições de pesquisa para ferrugem da soja, safra 2003/04:
Ø (***) maior que 90% de controle;
Ø (**) 80 a 86% de controle; e,
Ø (*) 59 a 74% de controle.
Ø Produtos sem informações serão testados no ano seguinte nos ensaios em rede.
4Adicionar Nimbus 0,5% v./v. aplicação via pulverizador tratorizado ou 0,5 l/há via aérea.
5Adicionar 250 ml/há de óleo mineral ou vegetal
6Aguardando registro no Mapa.

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