Falta de mão-de-obra dificulta expansão da cotonicultura
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Por falta de suficiência de trabalhadores, a expansão do algodão será menor em algumas regiões do Paraná. O município de Paranacity, situado na região Noroeste, perto da divisa com o Estado de São Paulo, terá uma área plantada de 4 mil hectares este ano, contra 2,5 mil hectares da safra passada. Será uma das maiores da cotonicultura no Estado. Contudo, apesar do forte crescimento, o espaço a ser ocupado pela lavoura poderia ser maior não fosse a previsível dificuldade que os pequenos agricultores, principalmente, terão para contratar mão-de-obra destinada aos serviços corriqueiros durante o período de desenvolvimento e também na colheita.
Mecanização - Animados com os bons resultados obtidos
pela cultura na safra 2002/03, quando o algodão rendeu duas vezes mais
que a soja, os pequenos produtores que investem na cultura sabem que vão
poder contar basicamente com a ajuda da própria família. Por outro
lado, uma parcela dos 4 mil hectares previstos para a região, formada
por propriedades de maior porte, será conduzida com máquinas,
pois a mecanização não se viabiliza em pequenas áreas.
As máquinas colhedoras de algodão são alugadas pelos produtores
diretamente de fazendeiros do Mato Grosso, onde a operação de
colheita da cultura ocorre bem depois da paranaense. A escassez de trabalhadores
agrícolas em todo o Noroeste se deu em razão dos vários
ciclos que se sucederam na agricultura regional a partir dos anos 70, primeiramente
com a erradicação do café, que desencadeou o êxodo
das famílias do campo em direção aos grandes centros urbanos.
Na década de 90, foi a vez do algodão que, devido à falta
de competitividade dos paranaenses e por falta de estímulo, praticamente
sumiu do Estado, acabando com centenas de milhares de postos de trabalho.