Exportações de cooperativas crescem 19% em 2003

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As cooperativas brasileiras exportaram mais de 5,3 milhões de toneladas de produtos no ano passado e apresentaram um crescimento de 5,8% em relação a 2002. Conforme balanço consolidado esta semana pela Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), as exportações diretas de cooperativas atingiram US$ 1,3 bilhão, um crescimento de 19% comparado ao ano anterior. Em 2003, as vendas externas atingiram US$ 73 bilhões. Segundo o assessor técnico da OCB, Júlio Pohl, as exportações diretas de cooperativas superaram as expectativas do mercado devido à estabilidade do câmbio e à contínua diversificação de produtos, principalmente soja e seus derivados.

Soja e derivados - Entre os produtos de cooperativas mais procurados pelo mercado internacional, estão a soja triturada; o açúcar; o óleo de soja; a carne de frango; o café e o milho. No total exportado, a soja e seus derivados apresentaram um acréscimo de 42% em relação a 2002 e somaram US$ 581 milhões. O açúcar, que apesar de registrar uma redução de 18%, foi responsável por US$ 275 milhões. As carnes de frango e suína somaram US$ 253 milhões e registraram um aumento de 30%. O grupo de produtos que inclui uvas frescas, suco de laranja, milho e álcool aparece com um total de US$ 112 milhões e aumento de 26%. O café, por sua vez, registrou um acréscimo de 18% em suas exportações e totalizou US$ 82 milhões. "Também houve a abertura de novos mercados. Países como a China e a Alemanha aumentaram as importações de produtos brasileiros de cooperativas", acrescenta o assessor da OCB. Segundo ele, a Alemanha comprou cerca de US$ 177 milhões em produtos de cooperativas e praticamente duplicou sua importação.

China, segundo comprador - A China aparece como segundo maior comprador com US$ 156 milhões e um aumento de 61% nas importações. Os produtos de maior interesse daquele país são a soja triturada e o óleo de soja. "Neste ano, caso sejam mantidas as mesmas condições favoráveis, é possível uma melhora nas vendas de carnes e as cooperativas devem manter seu crescimento", estima Júlio Pohl. Para ele, as cooperativas terão a oportunidade de ampliar sua participação nos mercados internacionais com o aumento da demanda de carne de frango e bovina ocasionada pela gripe aviária e pelo mal da vaca louca, que assola países concorrentes do Brasil e produtores destas mercadorias.

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