Exportação de máquinas perde força

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O desaquecimento das exportações de máquinas agrícolas com a retração da demanda Argentina e a queda das vendas no mercado interno levam as indústrias a concluir que 2005 será mais difícil do que o previsto. Pérsio Pastre, vice-presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), disse que o setor está revendo as previsões para este ano, que eram de produção igual à de 2004 (66 mil unidades), alta de 7% nas exportações (32 mil unidades) e queda de 10,5% nas vendas internas (34 mil unidades).

Preocupação - Um dos motivos de preocupação é a Argentina, destino 66% das colheitadeiras e de 30% dos tratores exportados pelo Brasil. "Os argentinos sofrem com a queda nos preços do commodities e há estimativas de que a demanda por máquinas no país vai cair de 30% a 40% neste ano", disse Pastre. A Anfavea não tem previsão fechada para os embarques neste ano, mas espera que os níveis atingidos em 2004 sejam mantidos. No primeiro bimestre, as exportações subiram 19,2% sobre igual período do ano passado, para 5.077 unidades.

Vendas - No primeiro bimestre, a produção recuou 8,5%, para 8.674 unidades. As vendas no mercado interno caíram 28,5%, para 3.541 unidades, sendo que as entregas de colheitadeiras (cujas vendas concentram-se no primeiro trimestre) tiveram queda de 63,3%, passando de 1.310 para 481 unidades. Pastre diz que não espera reação das vendas em março. "As perdas com colheitadeiras não irão se recuperar em março e as vendas de tratores só se fortalecem na época de plantio, no segundo semestre".Para o ano, ele espera queda nas vendas acima de 10%. "É preciso aguardar a reação dos produtores sobre o pacote de ajuda do governo", disse Pastre. O setor também espera a aprovação neste mês de medida prorrogando o pagamento das parcelas do Moderfrota e Finame do BNDES, estimados em R$ 2 bilhões e que vencem neste ano. (Agrolink)

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