EXCESSO DE OFERTA BAIXA PREÇO DO FRANGO

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O frango, que foi o alimento mais barato no Brasil durante a fase de implantação do Plano Real em 1994, voltou a registrar o menor preço nos últimos oito anos. Em alguns mercados chegou a ser ofertado por R$ 1,23 o quilo, ou equivalente a US$ 0,46. O crescimento da oferta de frango nos mercados interno e externo e a queda na renda da população são apontados por técnicos do mercado como as causas da queda nos preços. O presidente da Cooperativa Copacol, de Cafelândia, Valter Pitol, reconhece que o setor vive um momento de crise, que deverá se estender por alguns meses, e que tem poucas alternativas de solução. ?Só a redução de oferta pode melhorar os preços?, frisou. Segundo Pitol, a grande oferta interna contribui para aumentar a oferta no mercado externo, o que causa a queda do preço em dólar, com reflexo no Brasil.

Crescimento da oferta ? Dados da União Brasileira de Avicultura (UBA) indicam que de 1994 até o ano passado, a produção de carne de frango no país cresceu 93%, atingindo 6,735 milhões de toneladas. Nos últimos anos o setor vem mantendo um crescimento superior a 10% na produção de carne de frango, mas as vendas, nos mercados interno e externo, têm crescido menos. O presidente da Copacol não atribui ao baixo poder aquisitivo da população a causa da queda dos preços. ?Não há outra proteína animal tão barata quanto o frango e não acredito que se fosse mais barato, o consumo aumentaria?, frisa Valter Pitol.

Solução: eficiência ? Embora as indústrias venham promovendo reuniões periódicas na busca de alternativas para reduzir a oferta de frango no mercado, os representantes dos produtores já não acreditam numa solução através da redução no número de pintainhos alojados. Para Valter Pitol, a solução é ?a eficiência da empresa; é a empresa de vanguarda, com baixos custos, qualidade em todas as fases. O mercado se encarregará de fazer uma seleção natural das empresas, onde as que estiverem menos preparadas desaparecerão. Só assim teremos uma redução da oferta?, frisou. A última grande crise do setor ocorreu no ano 2000 e durou cerca de setes meses. Esta crise também deve ser longa, prevê Valter Pitol.

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