EUA DERRUBAM COTAÇÃO DO ALGODÃO
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A economia brasileira sofre prejuízos de mais de US$ 600 milhões por ano por conta dos maciços subsídios do governo dos Estados Unidos a seus produtores, que derrubam fortemente os preços internacionais do produto. A estimativa conservadora é de um estudo preparado pela embaixada do Brasil em Washington, sob coordenação do economista Aluísio de Lima Campos e assessoria técnica da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão. O estudo cita o Comitê Consultivo Internacional do Algodão, segundo o qual os subsídios governamentais para os produtores de algodão, principalmente nos Estados Unidos, aumentaram a produção mundial apesar de todos os fatores econômicos aconselharem o contrário. O resultado é um declínio como nunca se viu nos preços internacionais do algodão: queda de 40% em 2001 e expectativas negativas para este ano.
Cotação - Segundo o Comitê, sem os subsídios à produção e exportação nos principais países produtores, o preço do algodão seria de 31 centavos de dólar por libra-peso mais alto - praticamente o dobro dos preços atuais, em torno de 46 centavos. Os efeitos perversos dos subsídios sobre os preços, porém, poupa uma "minoria privilegiada" que faz quase 50% da produção e grande parte das exportações, ou seja, os Estados Unidos, que garantem a renda de seus produtores, por exemplo, através da recente "Farm Bill" (nova lei agrícola). Essa desigualdade grosseira desespera tanto no Brasil como na África e também na ex-república soviética de Uzbequistão (segundo exportador mundial), todos sem poder dar subsídios a seus produtores.
Mercado Agrícola:
Bolsa de Chicago (03/07)
Centavos de dólar p/ bushel | Soja | Milho | Trigo |
Jul/02 | 556,50 | 224,50 | 316,00 |
Ago/02 | 538,00 | - | - |
Set/02 | 522,75 | 231,25 | 322,00 |
Fonte: AgRural
Câmbio (03/07)
Compra | Venda | Variação diária (%) | |
Dólar | 2,8600 | 2,8650 | -0,96 |
Dólar X Euro | 0,9795 | 0,9799 | -0,45 |
Fonte: CMA
SOJA
Na abertura do mercado em Chicago, nesta quarta-feira, os contratos futuros de soja iniciaram em baixa, continuando a correção técnica iniciada na terça. Mas este movimento reverteu-se durante o dia devido as novas previsões climáticas que apontam continuação da escassez de chuvas no Meio-Oeste americano. Assim, o contrato de julho/02 subiu 12,25 pontos, e o de novembro/02, que é referencia da safra americana, teve alta de 2 pontos. Amanhã o pregão da Bolsa de Chicago não funciona, devido ao feriado nos Estados Unidos.