ESTIAGEM III: Pedido de recursos só depois de números oficiais
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A difícil situação dos agricultores poderá começar a ter soluções depois que os números oficiais da quebra de safra forem divulgados pelo governo do Estado. Esta é a ponderação do assessor econômico da Federação da Agricultura do Estado do Paraná (Faep), Nilson Hanke Camargo. Segundo ele, de posse de tais números a entidade pretende conseguir rolagem da dívida, empréstimos e até perdão de parte dos prejuízos com a atual safra. Ele informou que as regiões Oeste, Sudoeste e Norte do Estado são as mais prejudicadas com a seca. ''Na verdade todo Estado está sofrendo'', ressalva.
Pronaf e Proagro - Ele orientou os agricultores que fizeram empréstimo pelo Pronaf, ou requisitaram Proagro, a não fazerem colheita enquanto o banco não enviar um técnico para calcular as perdas.''O agricultor não deve colher enquanto não receber uma vistoria''. Perguntado como ficaria a situação de agricultores que plantaram com seus próprios recursos, o economista pediu paciência. ''Teremos que estudar caso a caso, para ver o que poderá ser feito'', orientou. Ele ressalvou que a entidade não faz levamento de safra, mas irá acompanhar de perto os números divulgados pelo Estado.
Seca - O déficit hídrico no Paraná não foi uniforme. Dados do Instituto Nacional de Metereologia (Inmet) apontam uma média de 30 milímetros de chuvas entre os meses de novembro e dezembro do ano passado. Eram esperados para os dois meses 300 mm de chuva, o equivalente a 300 litros de água por metro quadrado. Em Paranavaí, em todo mês de dezembro, choveu o equivalente a 33 mm. Em Campo Mourão, onde choveu mais no Paraná, foram registrados 138 mm. Dados da Emater em Centenário do Sul, porém, apontam que as chuvas não chegaram a atingir 2 mm entre 13 de novembro e 12 de dezembro. O engenheiro agrônomo da Emater, Sérgio de Souza Lopes, informou que as chuvas dos últimos dias estabilizaram as perdas, porém ele prevê que a produção não irá aumentar com a umidade atual. Dados do Iapar apontam que as últimas chuvas não repuseram a necessidade de águas das plantas, indo grande parte para o subsolo, onde estão localizados os lençóis freáticos. (Folha de Londrina)