ENERGIA ELÉTRICA: Coopcana anuncia parceria com a CPFL

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Um formato inédito de parceria na área de energia elétrica no Paraná, envolvendo a cooperativa Coopcana de Paraíso do Norte (PR) e a Companhia Paulista de Força e Luz (CPFL) foi anunciado e formalizado na tarde de terça-feira (02/08) durante almoço naquela cidade paranaense, reunindo dirigentes das duas empresas.

Convênio - Pelo convênio, que demandou dois anos de conversações, a CPFL vai investir R$ 160 milhões na modernização do sistema de caldeiras da Coopcana que, com isto, elevará em menos de dois anos a sua capacidade de moagem de 2,5 para 4 milhões de toneladas de cana e de geração de energia de 21 para 67 megawatts. O acordo tem a duração de 20 anos, período em que o excedente de energia elétrica será repassado à CPFL. A companhia investirá também na construção de um sistema de transmissão até o município de Alto Paraná, para conexão à rede. A energia, segundo informou o presidente da Coopcana, Fernando Elias Vizotto, será suficiente para suprir uma cidade de 160 mil habitantes. 

 

Novas fontes - O presidente da CPFL Renováveis, Miguel Saad, disse em Paraíso do Norte que grandes empresas brasileiras de energia estão deslocando seus investimentos para novas fontes de eletricidade. A CPFL Energia, uma das empresas protagonistas dessa nova tendência, saiu na frente ao anunciar a fusão de seus ativos de energia alternativa renovável com a Ersa, empresa focada nesse segmento de energia, criando a CPFL Renováveis, com um portfólio de projetos que terá pequenas centrais hidrelétricas, parques eólicos e termelétricas movidas a bagaço de cana-de-açúcar. "Temos capacidade para 650 megawatts e estamos ampliando em mais 600. Nossa meta, em quatro anos, é chegar a 2 mil megawatts", disse Saad, em pronunciamento.

 

Biomassa - No futuro, segundo ele, a participação da biomassa na geração vai atingir 13 mil MW médios, suficientes para abastecer 20 milhões de brasileiros, o que equivale a três usinas do porte de Belo Monte. "O país responde ao novo quadro com uma proposta moderna, que alia desenvolvimento a qualidade de vida, segurança e bem-estar. As energias renováveis fazem parte da resposta aos desafios de infraestrutura que um país continental, com quase 200 milhões de habitantes, precisa ultrapassar", citou.

 

Sem riscos - Para o presidente da Coopcana, o convênio "é um bom negócio" por várias razões: a cooperativa vai modernizar sua estrutura de caldeiras sem correr riscos com investimentos, ampliar sua capacidade de esmagamento de cana e de cogeração e, ao final dos 20 anos do acordo, ficará com o ativo. "Sem contar que vamos dar uma destinação nobre para o excedente de bagaço, que hoje é comercializado", disse Vizotto. Ele acrescentou, ainda, que a estrutura de caldeiras que ficará em desuso poderá ser aproveitada na construção da segunda unidade da Coopcana, ainda sem prazo definido, que foi projetada para o município de Amaporã, a 20 quilômetros de Paraíso do Norte. (Jornal Paraná)

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