ENDIVIDAMENTO RURAL II: Setor agrícola precisa de uma política estruturante, defende Márcio Lopes

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O presidente do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas, defendeu na terça-feira (25/03) uma política estruturante e definitiva para o setor agrícola brasileiro. "Não tem cabimento o Brasil ser dependente de fertilizante, importar 72% dos produtos utilizados. Não tem cabimento não termos estrada, portos, um seguro rural efetivo". A afirmação foi feita  por ele  na Câmara dos Deputados durante uma audiência pública com a presença de 450 produtores rurais, parlamentares e lideranças cooperativistas, para discutir o endividamento rural brasileiro.

Vigília - Na abertura da reunião, o presidente da Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural da Câmara, deputado Onyx Lorenzoni (DEM-RS), explicou que o objetivo da audiência foi avaliar as dificuldades existentes para reverter o  endividamento rural e promover uma vigília, até recebimento da proposta do governo, a qual foi anunciada  em reunião às 18h30, no Ministério da Fazenda, com a participação do ministro  titular da pasta, Guido Mantega,  e da Agricultura, Pecuária e Abastecimento,  Renhold Stephanes, e representantes das comissões de Agricultura da Câmara e do Senado.

Compromisso - Também esteve presente o presidente da Câmara, Arlindo Chinaglia, que lembrou o compromisso assumido com a bancada ruralista de debater os temas ligados ao setor. "Não pode haver tema proibido para o Congresso Nacional", disse Chinaglia. "Um Congresso que não debate temas difíceis não representa o povo brasileiro. Temos que estar à altura para resolver as divergências", completou. Chinaglia defendeu ainda que a agricultura seja pensada como uma atividade de risco, com planejamento de longo prazo, contando com mecanismos como o seguro agrícola.

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