ENDIVIDAMENTO: Frente Parlamentar solicita cumprimento normas da dívida agrícola
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As instituições bancárias não estão respeitando a normas do Banco Central e do BNDES que constam na medida provisória do endividamento agrícola. Segundo o presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária (www.fpagropecuaria.com.br), deputado Valdir Colatto (PMDB/SC), há uma tendência de que os bancos só liberem acesso ao crédito para o custeio aos agricultores que estejam inadimplentes. "É preciso que os bancos adotem as medidas anunciadas pelo Banco Central e pelo BNDES para destravar o crédito rural brasileiro", destaca.
Prorrogação de investimentos - Valdir Colatto disse que o BNDES preparou uma verdadeira "pegadinha" ao emitir as cartas circulares com normas para prorrogação de investimentos após o vencimento das parcelas. "O BNDES determinou que as operações vencidas não estão contempladas e devem ser negociadas entre o mutuário e a instituição financeira. Ou seja, o BNDES esperou vencer quase todas as prestações e divulgou a Carta Circular excluindo as mesmas", denunciou. O parlamentar catarinense cobrou também o cumprimento do discurso do presidente da República em relação ao crédito rural. "O que o presidente Lula disse no lançamento do Plano Safra é justamente o que a Frente Parlamentar da Agropecuária tem defendido, de que é preciso tirar os 'penduricalhos' e as irregularidades debitadas nas contas do agricultores, encontrar a dívida real dos produtores e fazer um alongamento dos prazos de acordo com a capacidade de pagamento", frisou.
Risco - O presidente da FPA lembrou ainda que o endividamento está colocando em risco o produtor rural, que é o maior patrimônio da agricultura brasileira. "Nas regiões Norte e Centro-Oeste, os proprietários estão arrendando suas terras por valores irrisórios para empresas interessadas na especulação das commodities. Queremos que a MP da dívida seja resolvida imediatamente pelo governo, pois o plantio não pode esperar", concluiu. (Imprensa Frente Parlamentar da Agropecuária)