ENCONTROS DE NÚCLEOS II: Parceria Cotriguaçu e Ferroeste viabiliza logística de transporte
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{gallery}noticias/2011/Outubro/24/20111024152628/{/gallery}A Cooperativa Central Regional Iguaçu Ltda (Cotriguaçu) e a Estrada de Ferro Paraná Oeste S.A. (Ferroeste) assinaram um contrato que contempla a construção de um novo ponto de apoio logístico de transporte ferroviário, em Cascavel (PR). A parceria foi oficializada na manhã desta segunda-feira (24/10), durante o Encontro de Núcleo Cooperativo que o Sistema Ocepar promoveu em Palotina, com a presença do presidente da Ferroeste, Maurício Querino Theodoro. De acordo com o diretor presidente do Conselho de Administração da Cotriguaçu, Dilvo Grolli, as obras devem começar em quinze dias e vão contribuir para equacionar uma parte dos problemas de logística enfrentados pelo setor produtivo agropecuário no escoamento de grãos e produtos industrializados pelas cooperativas. A Cotriguaçu tem como cooperativas filiadas a C.Vale, Coopavel, Copacol e Lar. “A logística é o gargalo do Brasil e as cooperativas são organismos de ação. Nós não podemos ver os prejuízos na agricultura e na pecuária e deixarmos o tempo correr ao longo dos anos. Dessa forma, em quinze dias, daremos início do projeto”, disse Grolli, em entrevista à jornalista Sara Ferneda Messias, da C.Vale.
Estrutura – Ele explicou ainda que trata-se de uma parceria público-privada, onde a Ferroeste está disponibilizando 11,5 hectares de terras numa área junto ao terminal da Ferroeste, em Cascavel. Nesse local, a Contriguaçu vai construir graneleiros e câmaras frias. “Nós vamos adquirir inclusive vagões, para baixar o custo de logística”, frisou Grolli. “Através desse contrato de cessão de terreno da Ferroeste para a Cotriguaçu, nós vamos inverter a logística de transporte, da atual rodoviária para a logística ferroviária. É o início de um novo modelo para a região e de uma nova forma de agregar valor aos produtos. Todo o Oeste vai convergir os seus produtos para cá e, a partir daí, a Cotriguaçu irá armazená-los, transportá-los até Paranaguá, colocando-os dentro do navio”, explicou ele.
Competitividade – Dilvo Grolli disse que os problemas existentes na logística de transporte estão comprometendo a competitividade do setor. “Não adianta nós termos escala de produção se nós estamos perdendo competitividade porque os nossos custos com logística estão muito altos, quando comparado com os nossos concorrentes internacionais. Os Estados Unidos, o Brasil, a Tailândia produzem carne. Todos nós estamos querendo vender o produto para países da Europa e Ásia, mas quem vai conseguir? Aquele que for mais competitivo. E a competitividade não se resume em ter escala de produção. Ela requer melhor logística e menor custo de produção”, disse. “As nossas plantas frigoríficas não são hoje tão competitivas como já foram porque nós temos uma carga tributária muito grande. O governo está nos levando hoje de 36% a 38% de tudo que nós produzimos e a logística também é uma das mais caras do mundo. Ao agregar valor aos nossos produtos, podemos reduzir o custo de produção no transporte até chegar no porto e, daí para frente, nossos produtos serão mais competitivos no futuro”, completou.