Empresários coreanos buscam parceria para celulose de milho

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Representantes de cooperativas paranaenses ouviram nesta segunda-feira (21), na sede da Ocepar, uma apresentação feita por uma comitiva de empresários da Coréia do Sul, organizada pela Câmara de Comércio e Indústria Brasil-Coréia sobre a possibilidade de uma parceria num projeto de transferência de tecnologia para produção de celulose e papel a partir do caule de milho. O Paraná é o terceiro produtor nacional de milho, com uma produção de mais de 10,6 milhões de toneladas de grãos nesta safra, considerando as perdas causadas pela estiagem que atingiu o milho-safrinha. Segundo especialistas, uma lavoura de milho apresenta após a colheita 15% de matéria orgânica, e 25% de caule, o que dá a dimensão de seu aproveitamento econômico.

Vantagens - Outra vantagem é o tempo de produção do milho se comparado com a madeira, matéria-prima atualmente utilizada na produção de celulose e papel, que é de 12 anos. ''Enfrentamos uma crise mundial no setor'', afirmou o presidente da Câmara Brasil-Coréia, Thomaz Choi. ''Somos grandes importadores de celulose, e com a tecnologia desenvolvida baseada no caule do milho temos condições de produzir celulose e papel a um custo mais baixo, gerando um produto de qualidade e mais competitivo do que a partir da madeira'', afirmou. Os dirigentes e técnicos de cooperativas presentes a esta reunião de apresentação se comprometeram em levar as informações repassadas para suas cooperativas e posteriormente manifestarem interesse ou não ao projeto, que segundo os cálculos apresentados por Choi, demandaria um investimento de aproximadamente US$ 120 milhões e que podem ser financiados pelo BNDES e pelo Banco do Brasil. Além de Thomaz Choi e cooperativas, participaram da reunião representantes da secretaria da Agricultura, Banco do Brasil, BRDE e os empresários coreanos Seung Eun Roh e Sung Wook Chang respectivamente presidente e diretor da Corn Pulp & Paper Co. Ltd.

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